CIDH condena assassinato de jovem em Honduras

Comissão por direitos humanos pede que golpistas liderados por Roberto Micheletti resguardem a vida dos cidadãos

O presidente Manuel Zelaya continua na fronteira entre Honduras e Nicarágua afirmando que ficará até as últimas consequências (Foto: Agência Boliviariana de Notícias)

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) apelo nesta segunda-feira ao governo golpista de Honduras que zele pela vida dos cidadãos. A declaração é emitida depois do assassinato de um manifestante durante o protesto da última sexta-feira (24), quando apoiadores do deposto Manuel Zelaya dirigiam-se à fronteira.

A CIDH condenou a morte e exigiu que o assassinato seja investigado, e os responsáveis, punidos. Além disso, o organismo pediu que os golpistas adotem “todas as medidas para garantir o direito à vida, a integridade e a segurança de todos os habitantes de Honduras”.

Sobre o estado de sítio, mantido desde o golpe, há quase um mês, a comissão lembra que a suspensão dos direitos fundamentais “procede apenas em situações excepcionais fixadas pela Convenção Americana de Direitos Humanos”.

Dezenas de denúncias foram recebidas pela CIDH nas últimas semanas, que afirma que os oficiais militares de Honduras desconhecem os documentos que supostamente oficializam o toque de recolher.

Depoimentos apontam que Pedro Mandiel foi morto durante as manifestações de apoio a Zelaya na última sexta-feira, duramente reprimidas pelas forças militares. Mandiel estava se dirigindo a El Paraíso, na fronteira com a Nicarágua, onde estava o presidente deposto. O corpo do jovem foi encontrado um dia mais tarde em um terreno baldio com sinais de tortura, como feridas no rosto e outras lesões em várias partes do corpo.

Com informações da teleSur.

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