Chávez: Zelaya retorna a Honduras nas próximas horas

Venezuelano declara que exército deve estar arrependido do que foi forçado a fazer pela burguesia e afirma que golpistas serão varridos pela história

Ao lado do boliviano Evo Morales, Hugo Chávez aposta no tamanho pequeno do exército hondurenho para derrotar os golpistas (Foto: Agência Boliviariana de Notícias)

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, afirmou nesta sexta-feira (17) que os golpistas de Honduras serão “varridos pelo povo e pela história”. No último compromisso na Bolívia, onde participa das comemorações do bicentenário daquele país, ele declarou que não sabe em que lugar está Manuel Zelaya, o presidente deposto de Honduras.

Ao mesmo tempo, ele destacou que o colega tem demonstrado ser um valente e garantiu que “Zelaya me disse que ia a Honduras, me disse: ‘não sei se nos falaremos de novo, não sei se vão me matar, mas é assim, que sigam adiante. Por isso, pedimos a Deus por sua vida”.

Segundo as últimas notícias disponíveis, Zelaya está na Nicarágua, próximo da fronteira hondurenha. O porta-voz das Forças Armadas dos golpistas, Ramiro Archaga, assegurou que não enviou tropas para a região e que não tem informação sobre movimentações no país vizinho.

Caso Zelaya não cruze a fronteira nesta sexta, ficam marcadas para o sábado (18) as negociações intermediadas pela Costa Rica para dar um fim ao impasse. O presidente Oscar Arias deve propor a formação de um governo de coalizão contemplando os dois principais partidos do país.

Sobre as negociações, o líder cubano Fidel Castro divulgou um texto na internet afirmando que se trata de um truque para manter os golpistas no poder. “É óbvio que cada dia de atraso tem um custo para o presidente constitucional e tende a diluir o extraordinário apoio internacional que ele recebeu”, escreveu.

Para o ex-presidente da ilha, os Estados Unidos apóiam o papel da Costa Rica e acusa que os embaixadores estadunidenses e de outras nações da América Central sabiam que um golpe iria ocorrer.

“A coisa certa a se fazer no momento é exigir que o governo dos Estados Unidos pare com sua intervenção, pare com seu apoio militar aos líderes golpistas e retire sua força (militar) de Honduras”, disse Fidel.

A Unesco alertou que jornalistas vêm sendo perseguidos desde o golpe. O diretor-Geral da entidade, Koïchiro Matsuura, apontou que “em situações de crise é importante assegurar que a imprensa possa trabalhar em liberdade sem sofrer qualquer tipo de intimidação”.

Com informações da Reuters e da Agência Bolivariana de Notícias.

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