OEA revoga expulsão de Cuba da entidade

A resolução da Organização dos Estados Americanos era de 1962. A decisão foi aprovada por consenso pelos 34 países

San Pedro Sula – Os países da Organização dos Estados Americanos (OEA) chegaram a um consenso e revogaram nesta quarta-feira (3) a resolução de 1962 que expulsou Cuba da entidade, por pressão dos Estados Unidos no contexto da Guerra Fria.

A presidente da 39ª Assembléia da OEA, Patricia Rodas, anunciou a decisão de que “a resolução sexta, adotada em 31 de janeiro de 1962, que excluiu Cuba da Organização dos Estados Americanos, fica sem efeito” e que o retorno de fato do país à entidade é de livre escolha do governo cubano.

Patricia Rodas disse também que a anulação da medida está fundamentada na “carta de fundação e em outros elementos de autodeterminação e de direitos humanos” que orientam os países membros. Ela qualificou o fato como uma “notícia histórica” e pediu a “construção de uma nova história de tolerância, respeito, e organização de nossos países (…) sem o perigo da ingerência”. Pouco antes do anúncio, o embaixador argentino na OEA, Rodolfo Gil, havia confirmado a resolução da Assembleia Geral para revogar a exclusão de Cuba.

Segundo declarações do diplomata a jornalistas, a decisão foi apoiada por consenso pelos 34 países participantes.

“Já foi aprovada a resolução, os 34 países (que fazem parte da OEA) estão de acordo”, anunciou o embaixador da Argentina no organismo, Rodolfo Gil.

O chanceler do Equador, Fander Falconí, assegurou que o texto não impõe nenhuma condição a Cuba para o retorno a entidade. Falconí considerou “uma notícia muito boa” que a resolução tenha sido alcançada por “consenso” — mediado pelo chanceler brasileiro Celso Amorim.

Fonte: ANSA

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