Argentina: identificam 42 cadáveres de desaparecidos da ditadura

A restituição dos restos aos familiares depende da certificação da identidade pela justiça

A Equipe Argentina de Antropologia Forense anunciou nesta terça-feira que foram identificados outros 42 cadáveres de desaparecidos. As confirmações foram feitas cruzando os dados de 598 esqueletos com cinco mil amostras de sangue.

Patrica Bernardi, investigadora da equipe, detalhou que na comparação incluíram-se 30 amostras de sangue enviadas pelo Serviço Médico Legal do Chile, mas que deram resultado negativo.

A identificação foi notificada aos familiares das vítimas da ditadura militar (1976-83), mas os restos ainda não foram restituídos porque a justiça deve certificar a identidade dos desaparecidos, explicou Bernardi.

Dos 42 restos ósseos identificados, 39 correspondem a corpos de desaparecidos que figuram em causas judiciais que tramitam na cidade de Buenos Aires, dois em La Plata e um em Santa Fé.

Bernardi destacou que o trabalho da equipe argentina para identificar restos de desaparecidos inscreve-se na denominada “Iniciativa Latinoamericana para a Identificação de Pessoas”, da qual participam também grupos forenses do Peru e da Guatemala.

“A equipe peruana é menos numerosa que a nossa, mas pode identificar dez novos casos” de desaparecidos durante a década de 90, explicou a antropóloga.

Com informações da Ansa Latina.

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