Ação policial deixa dezenas de mortos na Amazônia peruana

Milhares de indígenas protestam contra decretos do presidente Alan García que eles consideram um atentado aos direitos territoriais e sociais

Os confrontos começaram nesta sexta-feira (5) quando um grupo de policiais tentou retirar indígenas que bloqueavam uma estrada. Os originários protestam contra um “pacote” de nove decretos do governo que eles consideram atentatórios contra os direitos territoriais e sociais dos povos amazônicos. Por conta das medidas, os indígenas realizam uma greve que já dura quase dois meses.

Segundo os manifestantes, os policiais chegaram por terra e com helicópteros lançando bombas de gás lacrimogêneo, o que desencadeou o tumulto. Os policiais apontam que foram recebidos a bala, ao passo que os índios afirmam que apenas reagiram com paus e pedras. A partir disso, os enfrentamentos aumentaram, colocando sob o caos a cidade de Baguas.

De acordo com as agências internacionais, os indígenas confirmam ao menos 25 mortos e o governo admitiu o falecimento de 8 policiais.

Em um comunicado, o secretário-geral da Confederação Geral dos Trabalhadores do Peru, Mario Huaman, criticou a atuação da Polícia Nacional e acusou o governo de ser o principal responsável pela matança, além de pedir ao Congresso que “não lave as mãos” pelo ocorrido. Por sua vez, o presidente Alan García afirmou que o episódio é de responsabilidade de “pseudo-dirigentes amazônicos”.

Com informações de agências internacionais.

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