Obama recua e deixará abertos tribunais de Guantánamo

Presidente dos Estados Unidos descumpre promessa de campanha e uma das primeiras determinações do novo governo

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, decidiu que vai manter em funcionamento os polêmicos tribunais militares contra suspeitos de terrorismo presos na base de Guantánamo.

Agora, o chefe de Estado considera que as comissões são apropriadas para julgar “inimigos que violam as leis de guerra”, ainda que “reformas” sejam necessárias para garantir os direitos dos julgados, além de uma nova estrutura e uma administração apropriadas. No momento, o Departamento de Defesa deve pedir a suspensão dos casos pendentes até a implementação de novas regras. 

Em um comunicado emitido nesta sexta-feira (15), Obama assegurou que as declarações obtidas pelo uso de métodos “cruéis, desumanos e degradantes”, algo comum durante o governo George W Bush, não serão aceitas como prova. Além disso, o presidente apontou que aqueles que se recusem a testemunhar terão os direitos preservados, sem o uso de métodos coercitivos.

Esta é a segunda decisão controversa de Obama em menos de uma semana. Antes disso, ele rejeitou a divulgação das fotos de torturas cometidas por agentes dos Estados Unidos contra prisioneiros no Iraque e no Afeganistão.

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