Justiça argentina dá aval para que ex-repressor possa ser candidato

Luis Abelardo Patti vai concorrer de dentro da cadeia, mas dificilmente poderá assumir o cargo

O juiz federal Manuel Blanco considera que não há como proibir a candidatura de Patti porque o Código Nacional Eleitoral prevê que a exclusão só pode ocorrer quando a pessoa está condenada.
Agente da última ditadura militar argentina (1976-83), o fundador do Partido Unidade Federalista está preso desde 2007 por crimes como sequestro, assassinato, ocultação de cadáver e detenção ilegal.
Na prática, não há como Patti assumir o cargo – eleito deputado estadual em 2005, ele foi impedido de exercer o mandato. Para que pudesse tomar posse, o ex-repressor teria que ser absolvido de todos os crimes.
Agora, o Centro de Estudos Legais e Sociais da Argentina pretende recorrer à Câmara Nacional Eleitoral. A entidade considera que o país perdeu uma grande oportunidade de discutir os direitos dos envolvidos com as violações dos direitos humanos e que o pedido de audiência feito pelo grupo não foi atendido pela Justiça.

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