Kassab e a primeira greve de servidores desde Maluf

Após manifestação na terça-feira, decisão sobre greve sai no próximo dia 21 (Foto: Divulgação Sindsep) Deu no Valor Econômico. Os servidores municipais de São Paulo podem deflagrar a primeira greve […]

Após manifestação na terça-feira, decisão sobre greve sai no próximo dia 21 (Foto: Divulgação Sindsep)

Deu no Valor Econômico.

Os servidores municipais de São Paulo podem deflagrar a primeira greve geral desde a administração Paulo Maluf (PP). A paralisação, se confirmada, aconteceria pouco mais de um ano da eleição municipal, em outubro de 2012, o que representaria um problema a mais para o prefeito da capital paulista, Gilberto Kassab (ex-DEM, rumo ao PSD). A decisão sai em assembleia no próximo dia 21.

O estado de greve decretado foi estabelecido na terça-feira (7) pelo Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública e Autarquias do Município de São Paulo (Sindsep), filiado à Central Única dos Trabalhadores (CUT). Após uma manifestação que reuniu milhares de funcionários da prefeitura, uma negociação com a Secretaria Municipal de Planejamento deixou a categoria descontente. Foi estabelecido um calendário de negociações, mas faltou proposta salarial.

“Há sete anos nós temos o salário reajustado em apenas 0,01%. É ridículo”, reclamou a presidente da Federação dos Trabalhadores Municipais do Estado de São Paulo (Fetam-SP), Paula Leite. O percentual está previsto na legislação da cidade. A reivindicação é de 39% para recompor as perdas de dez anos, além de mudança na chamada lei salarial e revisão do plano de carreira.

Como a única proposta apresentada foi estabelecer gratificações para elevar o piso (de R$ 545 para R$ 630) e melhorar a remuneração das categorias que ainda não tinham garantido o direito. Vale lembrar que, desde 1º de abril, o salário mínimo brasileiro é de R$ 545; no estado de São Paulo, o valor é de R$ 600.