Alunos com deficiência recebem aparelho que melhora a audição

O dispositivo filtra a voz do professor e elimina ruídos

Sistema FM em funcionamento; agora aluno ouve tudo que professora fala durante a aula (Foto de divulgação)

Sete alunos com deficiência auditiva das escolas municipais de Marília passaram a receber aparelhos que os auxiliam em sala de aula. Trata-se de um microfone sem fio usado pelo professor e um aparelho receptor conectado à prótese auditiva do estudante, que elimina ruídos que dificultam o entendimento do aluno. O aparelho alcança 15 m em ambiente fechado e pode ser utilizado em aulas de educação física e multimídia, com o aparelho transmissor conectado à saída de som da televisão ou computador. A iniciativa é um projeto do Ministério da Educação (MEC) em parceria com a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Os municípios se inscreveram no programa e uma fonoaudióloga foi enviada às escolas e selecionaram os alunos a receber os aparelhos. As exigências eram que as crianças com deficiência auditiva utilizassem implante coclear (prótese auditiva) e estivessem no primeiro ou no segundo ano do ensino fundamental.

Marília conseguiu sete aparelhos, que foram colocados em alunos de quatro escolas: três na escola Célio Corradi, dois na Paulo Freire, um na Antônio Ribeiro e um na Reni Cordeiro. A secretária de Educação da cidade, Maria do Carmo Capputi Mazzini, classificou o projeto de inovador e afirmou que “ouvir bem é um requisito básico para ser bem compreendido”. Na escola Reni Cordeiro, a aluna beneficiada está na segunda série do ensino fundamental e é alfabetizada. A diretora da instituição, Daniela Delnero, conta que já nos primeiros dias de utilização do aparelho foram notadas diferenças. “Melhorou a fala da criança, pois ela não perde mais nada”.

O projeto está em fase de teste e os aparelhos não são levados para casa. O sistema foi implantado em Bauru, Sorocaba e São Bernardo do Campo. Ao todo, 200 aparelhos serão distribuídos para testes pelo país. As crianças usarão o sistema durante o ano letivo de 2013 e, depois disso, o MEC avaliará se implanta o projeto no sistema educacional brasileiro.