Jornal Brasil Atual – Limeira, 16ª edição

Confira nesta edição: Indústria de jóias: Morte na fábrica; Trânsito: Novos radares; Inclusão racial; Jogos regionais; Sem terra: As lutas que não acabam mais

Fabriqueta de joias Millon na qual imprudências dos proprietários teve como consequência uma fatalidade (Foto: Ana Lúcia Ramos)

A reportagem de capa desta edição mostra uma tragédia que está completando um ano e é comum na cidade: a morte de um trabalhador no exercício de sua profissão. Se ela tivesse ocorrido por acidente, poderíamos lamentar o acaso, a fatalidade, a falta de sorte. Mas essa morte é emblemática. Ela ocorreu dentro da fabriqueta de joias Millon, depois de uma série de ordens dadas pelo dono da empresa – temos a comemorar o fato de não haverem ocorrido mais mortes naquele fatídico dia em que seu espectro estava presente.

Hoje, o que temos? Bem, a fabriqueta mudou de endereço, do Jardim Montezuma para a Vila Rocha, e continua funcionando. Embora seja quase inacreditável, a polícia ainda não concluiu o inquérito para apurar a causa do óbito e jura de pés juntos que, até o fim deste mês, o trabalho estará concluído. E a família Ragonha, da qual Guilherme, o morto, fazia parte? Bem, ela não recebeu nem um centavo de indenização, o advogado da família, ao que tudo indica, também não se esforçou por isso, e estamos conversados. O melhor é fazer de conta que nada aconteceu. Até a próxima morte. É isso. Boa leitura!

Limeira 16