Hondurenhos rompem barreira e seguem para a fronteira

Governo golpista adianta horário de toque de recolher e militares colocam sacos de areia para conter circulação de carros

Em Tegucigalpa, a população realiza o segundo dia de greve geral (Foto: Agência Bolivariana de Notícias)

Os movimentos sociais romperam nesta sexta-feira (24) o bloqueio postado próximo à fronteira hondurenha com a Nicarágua, onde é esperado o presidente deposto Manuel Zelaya.

Segundo informou a teleSur, os militares não resistiram à pressão dos manifestantes, que agora seguem em caminhada. Por outro lado, o Exército mantém fechada a fronteira na tentativa de evitar a passagem de Zelaya e o encontro com os manifestantes.

Além disso, o governo golpista de Roberto Micheletti adiantou para as 16 horas (19 horas de Brasília) o toque de recolher no departamento fronteiriço de Paraíso e impede a circulação de veículos.

Na capital Tegucigalpa, mais uma greve geral mobilizada pelos sindicatos completa dois dias com o bloqueio de estradas.

O golpe dominou os discursos iniciais da Cúpula do Mercosul, que acontece em Assunção, Paraguai. O presidente anfitrião, Fernando Lugo, afirmou que “Honduras é uma ferida que sangra na democracia regional”.

Após fazer uma defesa de Zelaya, a presidenta argentina Cristina Kirchner recebeu uma chamada telefônica do hondurenho, que agradeceu as intervenções a favor de seu retorno ao poder.

Recomendações

O governo golpista de Honduras aconselhou a Zelaya que regresse ao país apenas depois das eleições de novembro e desista do plano de retornar neste fim de semana. Em entrevista a uma rádio colombiana, o ministro da Defesa, Adolfo Leonel Zedillo, destacou que o presidente deve se apresentar pela porta da frente porque tem débitos com a Justiça.

A Organização dos Estados Americanos (OEA) manifestou que não reconhecerá qualquer governo que seja eleito no fim do ano caso Zelaya não retorne ao poder.

Com informações da Rádio Mundial de Venezuela e da Reuters.

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