Concessão

Patrimônio paulistano, estádio do Pacaembu passa à iniciativa privada

Processo foi concluído nesta sexta-feira. Consórcio arrematou área por R$ 111,2 milhões, em contrato com validade de 35 anos

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Estádio foi inaugurado em 1940 e abrigou também espetáculos, eventos cívicos e manifestações

São Paulo – O processo de concessão do estádio do Pacaembu à iniciativa privada foi concluído nesta sexta-feira (8) pela prefeitura de São Paulo. Um consórcio arrematou o complexo por R$ 111,2 milhões, e poderá explorar a área por 35 anos. Inaugurado em 1940, o local é um patrimônio paulistano: nos jogos de futebol, o locutor oficial do estádio sempre cumprimentava o público dizendo “o seu, o meu, o nosso Pacaembu”, falando sílaba por sílaba o nome popular do Paulo Machado de Carvalho, sua denominação oficial.

Localizado na zona oeste da capital, o Pacaembu é também um patrimônio histórico. Foi tomado em 1988 pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico (Conpresp) e em 1998 pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat). O complexo inclui piscina olímpica, ginásio poliesportivo, quadras e pistas de atleltismo. Ali também fica o Museu do Futebol, sob o tobogã, que substituiu a concha acústica original, atrás de um dos gols.

Segundo nota da prefeitura, a primeira etapa da licitação teve como autor da melhor proposta financeira um consórcio (Patrimônio SP) formado pela Progen – Projetos Gerenciamento e Engenharia e Savona Fundo de Investimentos em Participações, que terão de fazer uma série de melhorias no local. Entre os demais concorrentes, o Consórcio Arena Pacaembu ofereceu R$ 88,4 milhões, a WTorre (que administra o estádio do Palmeiras) propôs R$ 46,841 milhões e a ConstruCap CCPS, R$ 44,813 milhões. O valor mínimo pela outorga era de R$ 37,451 milhões.

O resultado será publicado na edição deste sábado (9) do Diário Oficial. As concorrentes terão cinco dias para contestar. Em agosto do ano passado, o processo chegou a ser suspenso pelo Tribunal de Contas do Município (TCM), que ontem (7) liberou a continuidade da licitação, permitindo que a prefeitura abrisse os envelopes. O vereador Antônio Donato (PT) também questionou o edital de concessão.

 

 

 

 

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