Trabalhadores e consórcio chegam a acordo e obras do Mineirão devem ser retomadas

Governo mineiro atribui relatório contrário do TCE à oposição (Foto: Sylvio Coutinho/Divulgação Secopa) São Paulo – A greve parcial dos trabalhadores no Mineirão deve ser encerrada após acordo firmado entre […]

Governo mineiro atribui relatório contrário do TCE à oposição (Foto: Sylvio Coutinho/Divulgação Secopa)

São Paulo – A greve parcial dos trabalhadores no Mineirão deve ser encerrada após acordo firmado entre os sindicatos e a Secretaria de Estado Extraordinária da Copa (Secopa) do Mundo do governo de Minas Gerais. A paralisação foi estabelecida na quarta-feira (15), por melhores salários, cesta básica melhor e participação nos lucros e resultados (PLR). A volta aos trabalhos depende de assembleias.

Segundo a Secopa, uma audiência de conciliação e instrução no Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais (TRT-MG) na noite de sexta-feira (17) definiu os termos do acordo. Os sindicato de trabalhadores nas Indústrias da Construção de BH e Região (STIC-BH) e nas Indústrias da Construção Pesada de Minas Gerais (Siticop-MG) e os representantes do consórcio Minas Arena definiram os termos do acordo.

As reivindicações dos trabalhadores consistiam na elevação do piso salarial de R$ 926 para R$ 1.250, recebimento de uma cesta básica de 35 quilos, participação nos lucros ou resultados (PLR) e pagamento de hora extra a 100%, e não 60%, como é feito atualmente.

Os termos do acordo definido na audiência do TRT-MG incluem reajuste salarial de 4% para todos os empregados e pagamento de PLR de R$ 660, proporcional ao tempo de serviço. As horas extras passam a contar com adicional de 100%

Além disso, a cesta básica passa a ter valor de R$ 60, com a opção de ser recebida em cartão. Os membros da comissão de representantes dos trabalhadores garantiram estabilidade no emprego. O plano de saúde será apresentado até o fim do mês.

Segundo a Minas Arena, o período de greve será compensado com regime de 8 horas diárias. O governo mineiro sustenta que os dias parados não comprometem o prazo de entrega das obras de melhoria em dezembro de 2012. Os sindicatos não foram localizados para comentar o acordo.

Suspeita

Além da greve, o Mineirão enfrenta outros desafios. O Tribunal de Contas do Estado (TCE) divulgou relatório com suspeitas de irregularidades relacionadas a superfaturamento, falta de licitações e aquisição de serviços não realizados. 

A Secopa atribuiu as acusações à oposição, qualificada como “irresponsável” no tratamento de questões relativas à Copa do Mundo de 2014. Segundo nota à imprensa, o Mineirão apresenta o maior grau de detalhamento e o menor custo por expectador das cidades-sede.  

Leia também

Últimas notícias