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Retirada de patrocínio do Belas Artes vai ‘minar imagem da Caixa’

Para cordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa, iniciativa é mais uma das medidas que visam desmontar o banco

RODRIGO DE OLIVEIRA/AGÊNCIA CAIXA

Caixa Belas Artes voltará a ser apenas ‘Belas Artes’ e, se não conseguir patrocínio, pode fechar em até dois meses

São Paulo – A Caixa anunciou que não vai mais patrocinar o Belas Artes, na capital paulista, um dos mais famosos cinemas de rua do país. Para Dionísio Reis, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa, o desinvestimento é mais uma das medidas que tem como objetivo desmontar o banco.

“Isso mostra a ideia de minar a imagem da Caixa. O Belas Artes é um marco da cidade. Hoje a Caixa é um dos principais bancos do Brasil, e isso se dá por esses investimentos em marketing. Quando a gestão atual fala em desestatização, quer fazer um desmonte do banco e prepará-lo para a privatização“, afirmou à Rádio Brasil Atual.

A partir da próxima quinta (28), o Caixa Belas Artes voltará a ser apenas Belas Artes. O dono do espaço e ex-secretário de Cultura de São Paulo, André Sturm,  anunciou que o espaço pode ser fechado em dois meses caso não encontre novos patrocinadores.

Em nota enviada ao jornal Folha de S. Paulo, a Caixa diz que “os contratos de patrocínio estão sob análise” e que “demandas relativas aos projetos culturais e seus desdobramentos são tratadas diretamente com os proponentes ou patrocinados”. Esse pode ser o primeiro grande corte do banco estatal sob a gestão Jair Bolsonaro.

Situado na esquina da avenida Paulista com a rua da Consolação, o Belas Artes possui uma curadoria diversificada, comparada com as opções apresentadas pelas grandes redes que dominam os shopping centers

Dionísio também critica a gestão de Pedro Guimarães na presidência da Caixa Econômica. Segundo ele, o presidente do banco não possui experiência em gestão pública e nem critérios para ascensão profissional e perda de funções. 

Além disso, Guimarães possui uma visão privatista, pois é sócio do banco de investimentos Brasil Plural e especialista em processos de privatizações. “Ter um banqueiro à frente de um banco público fragiliza o desenvolvimento do país. A visão que ele tem é privatista, com histórico na equipe de privatização do Banespa”, acrescenta.

Ouça a entrevista ao Jornal Brasil Atual

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