Revista do Brasil: Dilma termina ano com crédito e ressalvas

O primeiro ano da presidenta, a educação física sem fôlego, o terror sobre os índios do Mato Grosso, o clima na Rocinha, Beth Carvalho e as energias do samba – tudo na RdB de dezembro

Na última edição do ano, a Revista do Brasil  traz um balanço, inacabado, do primeiro ano de governo Dilma Rousseff. Artigo de Mauro Santayana e reportagens de Vitor Nuzzi analisam o desempenho da presidenta na política externa, na gestão das crises em seus ministérios, na condução da economia à sombra do pânico internacional e no trato de assuntos de interesse dos trabalhadores.

Questões com a redução da jornada de 40 horas, da terceirização, da ratificação da Convenção 158 da OIT e da regulação dos meios de comunicação – de modo a coibir o monopólio da produção e da difusão de informação – não saíram da fila, o que pressupõe uma pressão maior da sociedade sobre o Congresso neste novo ano.

O jornalista Beto Almeida conversou longamente com a sambista Beth Carvalho e o resultado é uma saborosa entrevista, exclusiva para a edição de dezembro da revista. Sem perder o ritmo, Tom Cardoso lembra os centenários (ou o tricentenário?) de Mário Lago, Nelson Cavaquinho e Assis Valente. Já atravessando o samba, mas sem perder compostura, Guilherme Bryan foi sapear como o tango conquista cada vez mais adeptos no Brasil.

Carlos Araujo e Robson Melo, moradores da favela da Rocinha e integrantes da TV Tagarela, um iniciativa de mídia comunitária, contam como está o clima – apreensivo e esperançoso – depois da ocupação pacífica pela polícia em novembro. No Mato Grosso, a apreensão ganha de goleada da esperança. Lá, Spensy Pimentel acompanhou o ambiente do assassinato e do desaparecimento de índios Guarani-Kaiowá, mais um episódio do conflito entre fazendeiros e comunidades tradicionais.

Cida de Oliveira entrevistou professores de educação física de várias regiões do Brasil e traz uma preocupante avaliação do ensino na disciplina: 70% das escolas não têm sequer uma quadra e o país ainda precisa avançar muito se quiser encaixar o esporte numa perspectiva educacional e de formação de cidadãos. Ela apurou ainda, com médicos e especialistas, o papel da espiritualidade e da fé como ingredientes de sucesso nos cuidados com a saúde.

A receita gastronômica de integração entre populações de refugiados, os segredos da mãe-de-santo mais respeitada da Bahia e uma viagem a fazendas de frutas e vinho, onde o sertão da Bahia virou mar, também estão na edição 66 da RdB.