ilegalidades

Para especialistas, caixa 2 de Bolsonaro fere democracia e exige posição do TSE

Para cientista política Maria do Socorro Sousa Braga, compartilhamento de notícias falsas produziu efeitos já no primeiro turno das eleições e prejudicou todos os demais partidos

Arquivo EBC/Reprodução

Prática de Bolsonaro é considerada ilegal por ser doação empresarial de recursos, proibida pela legislação eleitoral

São Paulo – À Rádio Brasil Atual, especialistas na área do Direito e da Ciência Política cobraram do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) uma resposta quanto às denúncias da destinação de recursos ilegais feita por empresas para favorecer o candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL) em campanhas de fake news contra seu adversário, Fernando Haddad (PT). Ao repórter Cosmo Silva, os especialistas afirmaram que as ações e o esquema de caixa 2 atacam a democracia brasileira.

“Do ponto de vista da democracia, nós temos uma intervenção ilícita e, na verdade, um meio muito ruim das nossas eleições serem decididas”, explica a cientista política da Universidade Federal de São Paulo (Ufscar) Maria do Socorro Sousa Braga, acrescentando que a difusão de notícias falsas já teve um impacto no primeiro turno, prejudicando também os demais partidos que estavam na disputa.

A coligação O Povo Feliz de Novo acionou a Polícia Federal para que investigue as denúncias de irregularidades. O pedido foi reforçado por Haddad durante entrevista coletiva realizada nessa quinta-feira (18). “Fazer conluio com dinheiro para violar a vontade popular, isso é crime. As mensagens que ele (Bolsonaro) está mandado por Whastapp são todas pagas com caixa 2. Ele vai ter que responder por isso, ele que foge dos debates, não vai poder fugir da Justiça”, afirmou.

A utilização de caixa 2 também é criticada pelo jurista José Carlos Portella Jr., que atua no Coletivo Advogados e Advogadas Pela Democracia. “Uma das candidaturas está usando um expediente que outras candidaturas não puderam utilizar. E, de maneira ainda mascarada, usando de um poder econômico que nem sequer foi demonstrado à Justiça Eleitoral”, avalia o jurista. 

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