Ameaça

Juiz do Paraná ameaça Roger Waters com prisão se se manifestar em show

Produção do ex-integrante do Pink Floyd foi alertada para o risco de o artista ser multado ou preso, se repetir manifestações contrárias a Bolsonaro em show em Curitiba nesta noite

Divulgação

Roger Waters se apresenta na noite deste sábado em Curitiba a poucas horas do segundo turno das eleições

São Paulo – O juiz eleitoral Douglas Marcel Peres, do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná, ameaçou com multa e prisão o ex-integrante da banda inglesa de rock Pink Floyd Roger Waters se fizer qualquer manifestações contra o candidato da extrema-direita Jair Bolsonaro (PSL) durante apresentação neste sábado (27) em Curitiba. 

Em turnê pelo Brasil, Waters tem se destacado pelo engajamento em causas políticas e sociais. E tem denunciado durante os shows a ascensão de políticos fascistas em diversos países, incluindo Bolsonaro no Brasil. No primeiro show, em São Paulo, o artista projetou no telão as palavras “Ele Não”, que sugerem o combate ao candidato capitão. 

A pedido do Ministério Público do Paraná, Peres determinou que o ex-Pink Floyd deverá ser multado se fizer qualquer manifestação a favor ou contra candidatos em cima do palco durante a noite deste sábado.

“Entre 22h e meia-noite (deste sábado), há uma restrição para manifestação pública em prol ou contra candidatos a cargos eletivos, transgressão essa sujeita a multa”, escreve o juiz em seu despacho, segundo informa o jornal local Gazeta do Povo.

Se o eventual episódio ocorrer após a meia-noite, Waters poderá ser preso por boca de urna, já que a legislação eleitoral proíbe qualquer manifestação pública em favor ou contra candidatos no dia da eleição. 

Após ser vaiado por parte do público, na primeira apresentação, Waters trouxe a sua lista de “neofascistas” com uma tarja de censura no nome de Bolsonaro. Mas o guitarrista não se furtou a fazer declarações alertando para o risco do crescimento da intolerância política na reta final das eleições no Brasil. 

Em passagem por Salvador, Waters prestou homenagem o Romualdo Rosário da Costa, o mestre Moa do Katendê, morto por um apoiador de Jair Bolsonaro na madrugada após o primeiro turno da eleição. No Rio de Janeiro, o músico inglês recebeu no palco familiares da vereadora Marielle Franco, assassinada em março, que foram saudados pela plateia ao gritos de “Ele Não”. 

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