Pratos Limpos

Haddad comemora retirada de fake news de Bolsonaro sobre ‘kit gay’: ‘Absurdo de anos’

Candidato do PT espera que a imprensa dê devido destaque contra 'inverdade' propagada por Bolsonaro e também afirmou que pretende fazer um governo 'mais amplo possível', sem equipe econômica de Temer

Renato S. Cerqueira/Futura Press/Folhapress

Haddad tem feito “sondagens” a pessoas “de alta respeitabilidade”, mas negou que tenha feito convites para formar ministério

São Paulo – O candidato a presidente Fernando Haddad (PT) comemorou decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que nesta segunda-feira (15) obrigou seu adversário no segundo turno das eleições 2018, Jair Bolsonaro (PSL), a retirar conteúdo mentiroso sobre o suposto kit gay. Apesar do “atraso”, Haddad afirmou que uma “luta de anos” foi vencida e pediu que a imprensa dê a publicidade devida sobre as “inverdades” difundidas de que teria distribuído material paradidático impróprio às crianças. “Espero ter passado em pratos limpos esse absurdo que durante anos ele divulgou”, afirmou o petista em entrevista coletiva nesta terça (16) na região central de São Paulo.

Haddad afirmou que “o Brasil corre risco” com Bolsonaro, “uma pessoa que não tem o menor compromisso com as instituições”. Haddad disse repudiar “qualquer forma de autoritarismo” e afirmou que, desde os tempos do movimento estudantil, tem reafirmado seu compromisso com a “democracia e a liberdade”.

Ele também disse que “ao contrário do Bolsonaro, decidimos não manter ninguém da equipe econômica do Temer no nosso governo.” Segundo o candidato, caso vença as eleições, em 1º de janeiro todos os integrantes serão trocados. “Não vamos manter ninguém.” O candidato se mostrou otimista, disse que sua campanha saiu vencedora no primeiro turno, com mais de 30 milhões de votos, e que o segundo turno “está só começando”. 

Haddad declarou que tem feito “sondagens” a pessoas “de alta respeitabilidade”, com o objetivo de construir “um governo mais amplo possível”, mas negou que tenha feito convites para integrar o seu ministério. “Tenho feito sondagens a pessoas que eu respeito, independentemente de partido político. Convite, ainda não fiz nenhum“, afirmou Haddad. Ele também relatou contato com uma pessoa próxima ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, com quem disse manter relação “cordial e respeitosa”, para agradecer menções feitas a ele em entrevistas. 

O candidato do PT desmentiu matéria publicada pelo jornal Folha de S.Paulo na noite de ontem, afirmando que ele teria desistido de taxar grandes fortunas. “Não é verdade que vamos abrir mão da taxação das grandes fortunas”, afirmou o candidato, que contestou a apuração do jornal. “Estou dizendo que vamos manter.” Haddad preferiu não comentar as declarações polêmicas do senador eleito Cid Gomes (PDT-CE), que na noite de ontem fez críticas ao PT.

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