Direitos

Em tempos de ‘reforma’, bancada sindical diminui na Câmara

Levantamento preliminar do Diap aponta 33 deputados eleitos identificados com os interesses dos trabalhadores, ante 51 em 2014

Aprovação da ‘reforma’ trabalhista na Câmara, em 2017: trabalhadores voltam a perder representantes

São Paulo – A chamada bancada sindical na Câmara estará ainda menor na próxima legislatura, a partir de 1º de fevereiro. Levantamento preliminar do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) aponta apenas 33 deputados eleitos. Em 2014, eram 51. 

“Os trabalhadores terão menos defensores que na legislatura que termina”, lembra o Diap, destacando o papel da bancada sindical na manutenção de direitos e no debate de temas de interesse dos trabalhadores, além de intermediar demandas e mediar conflitos. “Por isso, sua redução é preocupante, uma vez que se papel vai além das fronteiras parlamentares.”

A situação é ainda pior se comparada com a eleição de 2010. Naquele ano, foram eleitos 81 deputados identificados com o sindicalismo.

Dos 33 de agora, 29 foram reeleitos e quatro são novos: Lídice da Mata (PSB-BA), que era senadora, Airton Faleiro (PT-PA), Carlos Veras (PT-PE) e Vilson da Fetaemg (PSB-MG). Estes últimos três têm origem no setor rural.

A maior parte dos eleitos é do PT: 18. Depois vêm PCdoB (4), PSB (3) e PRB (2). Com um cada, PDT, Pode, PR, PSL, Psol e SD. Entre eles, estão o ex-presidente da CUT Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho (PT-SP), e o presidente licenciado da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho (SD-SP).

Não é uma lista homogênea. Inclui, por exemplo, o nome de Delegado Waldir (PSL), vindo da Polícia Civil. Foi o candidato a deputado mais votado em Goiás (274 mil votos) e é apoiador de Jair Bolsonaro – e, segundo alguns, até cotado para ministro da Justiça.

 

 

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