Eleições acabarão sem debates por supostas ameaças contra Bolsonaro
Sem esclarecer nomes, general da reserva do Exército Augusto Heleno diz ser de conhecimento que “organização criminosa” planeja atentado contra Bolsonaro, o que impediria sua participação nos debates
Publicado 26/10/2018 - 12h57
São Paulo – O general da reserva Augusto Heleno, um dos principais apoiadores do candidato a Presidente Jair Bolsonaro (PSL), afirmou que seu candidato negou-se a participar dos debates eleitorais neste segundo turno, porque estaria sendo ameaçado de um “atentado terrorista”. Em um vídeo publicado no Twitter, o militar afirma que Bolsonaro nem tem medo de seu adversário, Fernando Haddad (PT), nem tem problemas de saúde que o impeçam de debater seu programa de governo ao vivo.
Heleno afirma ter comprovação, por mensagens e escutas telefônicas, do plano de uma “organização criminosa” contra o candidato do PSL, mas sem citar nomes que coordenariam os supostos criminosos. “Isto é absolutamente verídico”, declara Heleno que pode vir a ser ministro, caso Bolsonaro seja eleito.
Ao jornal Folha de S.Pauloo general afirmou não ter a obrigação em revelar a origem ou o teor das escutas que “chegaram à sua mesa”, acrescentando que “todo país do mundo faz isso”. Nestas eleições será a primeira vez, desde a redemocratização, que os eleitores não terão oportunidade de avaliar comparativamente os programas e o preparo dos candidatos, por falta de embates televisivos em um segundo turno.