Antidemocráticos

‘Brasil, ame-o ou deixe-o’: família Bolsonaro atualiza slogan da ditadura

Para especialistas, lema da ditadura civil-militar ganha nova versão com o candidato da extrema direita e seus filhos ao propor uma lógica de guerra em nome do pensamento autoritário

TVT/Reprodução

Para Paulo Silvino, discurso antidemocrático é contrário contradiz direitos da família, “defendidos por Bolsonaro”

São Paulo – As declarações do candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL), entre elas a mais recente “vamos varrer do mapa os bandidos vermelhos do Brasil”, veiculada durante um ato para seus apoiadores nesse domingo (21), evidenciam a renovação do slogan “Brasil, ame-o ou deixe-o”. Esta é a avaliação de especialistas que veem um retorno do lema criado durante a ditadura civil-militar, quando uma lógica de guerra era operada contra aqueles que lutavam pela democracia do país.

Isso porque, segundo os docentes Pedro Serrano e Paulo Silvino, em entrevista ao repórter Leandro Chaves, do Seu Jornal, da TVT, ao propor a eliminação, a saída do Brasil ou a prisão de opositores, a fala de Bolsonaro remete a uma estratégia autoritária, que pretende estabelecer um pensamento e uma visão de mundo única.

“É uma lógica antagônica, de inimizade, própria da guerra e não da política que deve ter uma lógica baseada na democracia”, afirma o professor de Direito Constitucional da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e jurista Pedro Serrano. “Bolsonaro e seus filhos, que tanto defendem a família, são contra a democracia, contra o que temos de instrumento que, juridicamente, defende a família”, avalia o doutor em Sociologia pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e professor da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP).

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