Polarização

Para Carvalho, diferenças entre Dilma e Aécio são mais nítidas

Gilberto Carvalho diz que a maioria dos brasileiros votou por mudança segura e entende que a melhora do Brasil passa pelo projetos que já estão em construção

Para Carvalho, 2º turno será de reação ao trabalho de desconstrução do PT por parte de adversários

Brasília – O secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, que deixou o cargo em agosto passado para participar da campanha de Dilma Rousseff, afirmou que o momento é de mostrar para a população que o governo entendeu o recado dado pelas ruas e nas urnas e desconstruir a imagem contra o PT que o candidato do PSDB, Aécio Neves, está tentando passar. “Aécio já deixou muito claro as mudanças que pretende fazer nas políticas sociais em curso e já falou em iniciativas que tiram direitos dos trabalhadores”, afirmou, dando a entender que daqui por diante, ficará mais nítido, para o eleitor, escolher seus candidatos.

Sobre o antipetismo pregado pelo candidato tucano, Carvalho acentuou que “o ódio pregado pelo Aécio” não é o que vai imperar. “Não tem lógica esse tipo de iniciativa. Enquanto eles têm esse discurso, nós do outro lado estamos propagando a redução das desigualdades no país”, colocou.

O ex-ministro também lembrou a candidata do PSB, Marina Silva, que ficou em 3º lugar. Segundo ele, Marina desempenhou papel importantíssimo nessa disputa, porque ajudou a politizar o debate.

“A Marina teve uma contribuição enorme”, frisou. Quando questionado sobre o fato de a candidata ter declarado que ficou magoada com as críticas feitas contra ela por petistas, ele rebateu que “ninguém apanhou mais do que o PT nestas eleições”.

Para Gilberto Carvalho, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve um peso grande nestas eleições. “A presidenta Dilma acaba de dar um recado para a população, o de que quer construir um governo com desenvolvimento e políticas sociais”, disse.

Com a militância

Carvalho passou o dia em Brasília. Ele participou do ato em que Dilma Rousseff agradeceu pelos votos recebidos neste primeiro turno, no final da noite, ao lado dos ministros Aloizio Mercadante, José Eduardo Cardoso, Miriam Belchior, do presidente do PT, Rui Falcão e do presidente do PCdoB, Renato Rabelo.

O ministro chegou antes dos colegas e demonstrou animação com o resultado. Mal entrou na sala onde se realizou o evento e foi direto para perto da militância, cumprimentou muita gente e puxou o coro “Dilma de novo com a força do povo”.

A presidenta, disse ele, entendeu claramente o recado das ruas e das urnas. O primeiro é que o povo brasileiro, a seu ver, anseia por mais avanços, contanto que sejam feitos dentro do projeto que considerem o mais confiável, que, ressaltou, é o dela.

“A maioria dos brasileiros que votou deseja a mudança segura e a melhora do Brasil com os projetos que já estamos construindo. Farei tudo para que a vida de cada brasileiro melhore cada vez mais”, salientou.

A presidenta foi aplaudida quando falou em Lula, que chamou de “líder de todos nós”, e lembrou, em um dos discursos, a tragédia que vitimou o candidato Eduardo Campos, do PSB, a quem chamou de “companheiro”.