São Paulo – A presidenta Dilma Rousseff apostou, no último dia de programa eleitoral na televisão, na ideia de que seu novo governo seria marcado por ideias novas. Ao longo dos 11 minutos a que teve direito diariamente ao longo do primeiro turno, a candidata do PT à reeleição reiterou algumas de suas propostas para um eventual segundo mandato, como a melhoria na saúde, a integração das forças de segurança, o tempo integral na educação, a redução da burocracia para empresas e um conjunto de propostas para o combate à corrupção.

“Muitos candidatos repetem que são a mudança, mas não dizem exatamente quais mudanças irão fazer. Você lembra concretamente de propostas originais dos outros candidatos para resolver os problemas da saúde, da segurança e da educação?”, questiona a presidenta, que apresenta a ideia de que as principais propostas dos oponentes são a continuidade dos programas do governo federal, como o Bolsa Família e o Pronatec.

O programa exibiu uma conversa entre Dilma e o antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva. O ex-presidente considera que nenhum país tem a projeção de futuro do Brasil, que terá recursos do pré-sal para investir em educação e infraestrutura. Para ele, a maioria da população tem notado avanços nos últimos anos.

“É engraçado uma coisa que acontece com nossos opositores. Fico impressionada por eles não valorizarem o pré-sal, por não darem a importância que o pré-sal tem hoje e que terá no futuro”, concorda Dilma.

Críticas

Os últimos programas de TV dos principais adversários de Dilma apostaram em tons diferentes. Marina Silva, do PSB, exibiu trechos de evento realizado esta semana em São Paulo. No discurso, a ex-ministra afirma que vai continuar falando apenas de seu programa, mas em seguida faz críticas à petista: “Quem não foi nem vereadora e vira presidente do Brasil não entende isso. Come pela boca do marqueteiro, come pela boca do assessor!”

Já o candidato do PSDB, Aécio Neves, apostou em um programa gravado na São João Del-Rei de seu avô, Tancredo Neves, e na exibição de imagens com a família. Foram mostradas imagens de debate realizado pela Rede Record, no qual o tucano acusa Dilma pelos supostos casos de corrupção da Petrobras, e um vídeo do vice, Aloysio Nunes, senador por São Paulo, que recorda seu crescimento na reta final da campanha de 2010 para projetar uma virada do tucano sobre Marina. “A maioria não suporta nem a Dilma, nem o PT”, aposta o parlamentar.