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Vannuchi: ‘Nas próximas duas semanas, Padilha pode chegar a 15% nas pesquisas’

Analista político da Rádio Brasil Atual vê divisor de águas nos últimos levantamentos: com 7% das intenções de voto, candidato petista passa a figurar na cobertura eleitoral da Globo

Rodrigo Petterson/ Divulgação

O ex-presidente Lula e Alexandre Padilha participam de ato de campanha em São José dos Campos, interior paulista

São Paulo – O comentarista político da Rádio Brasil Atual, Paulo Vannuchi, prevê que os resultados das pesquisas Ibope e Datafolha divulgados nesta semana marcam uma nova etapa das eleições em São Paulo: o governador Geraldo Alckmin (PSDB), que mantinha-se acima dos 50% da preferência do eleitorado pela reeleição, caiu para a casa dos 40%, e Paulo Skaf (PMDB), segundo colocado, cresceu; quem deve surpreender nas próximas semanas, com possibilidade de impedir a vitória de Alckmin no primeiro turno, é Alexandre Padilha. Com 7% na última pesquisa Ibope, o candidato do PT rompe a barreira instalada pela Rede Globo na cobertura eleitoral, que inclui apenas a agenda dos candidatos com mais de 5% das intenções de voto.

O Padilha, como está lá embaixo, teve o maior crescimento, cresceu 40% e quebrou a barreira artificial, eleitoreira, que a Rede Globo criou no seu principal jornal com a agenda dos candidatos. A Globo criou uma regra casuística, criada para um caso só: como o Padilha tinha 5% e a Globo é contra o projeto do PT, criaram a regra de que só entra no quadro quem tem mais de 5%. Então, agora, ele deve começar a aparecer na TV, a não ser que eles mudem as regras novamente. Acho que não fariam algo tão escandaloso”, pondera.

Ainda de acordo com Vannuchi, a eleição presidencial ainda vai influenciar no desenrolar da campanha no estado de São Paulo. E, como a “onda” de crescimento de Marina Silva (PSB) parece ter estagnado, há grande imprevisibilidade adiante. “O primeiro elemento de imprevisibilidade é o desejo de mudança entre a sociedade brasileira. Isso teve efeito sobre a campanha da presidenta Dilma, mas, em São Paulo, havia um enigma: mesmo com desejo de mudança, Alckmin se mantinha com 55%, 53%. Agora, a tendência mudou”, afirmou.

Ouça o comentário completo na Rádio Brasil Atual:

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