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Para Dilma, Banco Central defendido por Marina é ‘quarto poder’

Candidata a reeleição, a presidenta participou de coletiva de imprensa, enquanto a candidata do PSB fez comício no Distrito Federal

sergio lima / Folhapress

Dilma Rousseff participa de coletiva no Planalto. Campanha perto da reta final

Brasília – A candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) reafirmou hoje (14), em coletiva à imprensa, que é contra a independência do Banco Central e que isso tornaria o órgão um “quarto poder”, como o Executivo, Legislativo e Judiciário.

“Independência é uma coisa, autonomia é outra. Independência é poder. Isso vai soar muito agressivo no ouvido de todo mundo que defende independência. E aí, o quarto poder não pode ser os bancos”.

Já Marina Silva, candidata pelo PSB, voltou a defender sua proposta para o Banco Central. “[Nosso compromisso é] dar continuidade à política de responsabilidade fiscal, de controle de inflação com a meta de inflação estabelecida e fazer um esforço muito grande para evitar que a inflação volte, para que o país possa investir em saúde, educação, segurança publica, no passe livre, na proteção do meio ambiente”, teorizou.

Ainda sobre política monetária e o Banco Central independente, a candidata disse que vai manter a meta da inflação em 4,5%, vai diminuir juros e estimular o investimento para “que o país volte a crescer”. Ela esteve em Ceilândia (DF), no começo da tarde de hoje (14) para um comício.

Entrevista

Dilma iniciou a coletiva de imprensa no Palácio da Alvorada falando sobre o Programa Ciência sem Fronteiras, do governo federal. Até o final de setembro, disse, 86 mil estudantes receberão bolsas. Mais 14 mil vagas estão abertas e 60 mil estudantes já se candidataram. Ao todo, até o fim de 2014, serão distribuídas 100 mil vagas.

Segundo Dilma, os alunos classificados dentro das vagas este ano e que não conseguirem a bolsa poderão entrar na segunda edição do programa, que também terá 100 mil vagas. Dilma ainda disse que, no futuro, o Ciências sem Fronteiras pode ter um corte por renda.

Continuidades

Durante comíciode Ceilândia, região administrativa do Distrito Federal,  a candidata Marina Silva também ressaltou que, se eleita, vai ampliar o Programa Bolsa Família e o Programa Minha Casa, Minha vida. Ela prometeu ainda que vai investir 10% do Produto Interno Bruto (PIB) em educação e que vai levar ensino de tempo integral para todo o Brasil.

Ela também falou a respeito das diferenças religiosas, e que no seu governo vai lutar para que os brasileiros possam  “viver de forma respeitosa na diferença, criando uma cultura de paz e não de ódio”.

Promessas

Já o candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, prometeu, em ato de campanha no Rio de Janeiro em que esteve com o ex-jogador Ronaldo Nazário, que pagará uma bolsa no valor de um salário mínimo por mês para garantir a conclusão dos estudos aos cerca de 20 milhões de jovens brasileiros entre 18 e 29 anos que não completaram o ensino fundamental ou o médio. “Eu vou pagar uma bolsa de um salário mínimo para resgatar esses 20 milhões de jovens que não concluíram esse ensino. Eles vão concluir o fundamental e os que quiserem vão concluir o ensino médio e a gente vai qualificar esses caras no curso  técnico, que tem a ver com as oportunidades do mercado”.

Com Agência Brasil