Exclusivo à RBA

Marinho diz que Marina não pode ‘chorar de coitadinha’ por debate duro

Coordenador de campanha de Dilma em São Paulo afirma que candidata do PSB tem de enfrentar contradições, ironiza declaração de Beto Albuquerque sobre PMDB e vê embate favorável ao PT no campo econômico

Ricardo Stuckert/Instituto Lula

Marinho ao lado de Dilma e Lula durante ato em São Bernardo: presença fundamental para reverter situação no estado de São Paulo

“O PT não está agredindo a Marina. Está abordando as contradições presentes no seu programa. É incompatível falar de investimento social e política neoliberal”

São Paulo – “São Paulo e o Brasil querem a mudança segura”, diz o panfleto colocado sobre a mesa de trabalho de Luiz Marinho, estampando uma foto com Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva. Oito palavras em sintonia com o prefeito de São Bernardo, que tem a missão de coordenar a campanha do PT à reeleição em um estado tradicionalmente refratário ao partido, e que oferece aos eleitores indecisos a ideia do “porto seguro” representado pela presidenta, em contraposição ao “retorno ao passado” simbolizado por Aécio Neves (PSDB) e à “insegurança” demonstrada por Marina Silva (PSB).

Tradicionalmente os paulistas impõem aos petistas derrotas em eleições presidenciais – foi assim com Lula, mesmo na reeleição –, compensadas pelo bom desempenho em outros estados do Sudeste, no Norte e no Nordeste. Desta vez, porém, São Paulo tem dado a Marina uma vantagem larga sobre Dilma, segundo as pesquisas de intenção de voto, e Marinho é um dos incumbidos de trabalhar para reverter a tendência e garantir a reeleição.

Para isso, aposta que a concentração da agenda de campanha e o direcionamento das mensagens na televisão para a população paulista serão fundamentais. Em entrevista concedida à RBA no comitê de campanha de Dilma na zona sul de São Paulo, ele afirmou ainda que o candidato do PT em São Paulo, Alexandre Padilha, vai crescer na reta final e ajudar o partido na eleição nacional.

Durante a conversa, Marinho expôs os motivos para acreditar que Dilma pode vencer até mesmo em um primeiro turno, em especial por considerar que o melhor período para Marina já passou. “A água está começando a ficar cristalina. Aí entram as contradições da Marina. O PT não está agredindo a Marina. Estamos abordando as contradições presentes no seu programa de governo. É incompatível você falar de investimento social e política neoliberal.”

O coordenador da campanha de Dilma em São Paulo desaprova a postura de Marina frente às críticas promovidas por PT e PSDB, e diz que política não é um espaço para “coitadinho”. “O embate eleitoral é duro por natureza. Tem que saber que numa situação como essa a liderança tem que ter a sua fortaleza.”

O coordenador da campanha de Dilma entende que Marina deve aceitar ser questionada sobre o que considera contradições de seu programa de governo. A aposta do PT é de que, da maneira que está, o conjunto de propostas levará a um governo neoliberal, o que estaria demonstrado pela exortação à redução do papel dos bancos públicos e pela proposta de independência do Banco Central.

Ao ser questionado a respeito da declaração do vice de Marina, o deputado Beto Albuquerque (PSB-RS), de que não se governa sem o PMDB, Marinho reage com uma gargalhada. “Mas não diga. O que é isso? Mais uma contradição.”

Confira a seguir trechos da entrevista concedida à RBA.

Na reunião do PT no Anhembi no dia 5, as lideranças, principalmente Marta Suplicy e Lula, falaram da importância do estado de São Paulo na eleição de Dilma Rousseff. Como avalia o papel de São Paulo na eleição?

É até chover no molhado falar da importância de São Paulo. Dado o número de eleitores e eleitoras que temos, se torna um estado muito importante em qualquer decisão nacional que venha a se tomar. Não é diferente no processo eleitoral. São Paulo tem uma importância muito grande nesse processo. E é o estado onde o PSDB é mais enraizado e mais forte, nos dá mais trabalho. Isso eleva a importância do estado do ponto de vista do desempenho das nossas candidaturas. Foi assim com Lula nas várias eleições que ele disputou e nas duas que ganhou, assim como a Dilma em 2010 e agora.

O Padilha começa agora a deslanchar o processo de facilitar a disputa do voto na rua, na cidade, porque o tempo todo da campanha o eleitor perguntava quem é o Padilha. Um desconhecimento grande. O que faz a pessoa ser conhecida é muita exposição de mídia televisiva ou disputa eleitoral. É ilusão achar que por ter um cargo importante, porque implantou políticas importantes é conhecido.

A estratégia passa por ter mais presença física de Dilma e Lula aqui em São Paulo ou por direcionar a propaganda de TV para o público paulista?

Vocês podem observar a quantidade de vezes que a Dilma esteve em São Paulo. Tem uma exposição de agenda em São Paulo da presidenta para se aproximar desse eleitorado. Porque mesmo que ela não vá a Dracena, a Santa Fé do Sul, em Barra Bonita, Nazaré Paulista, mas pelo fato de estar no estado de São Paulo ela cria melhor condição de a militância lá nessas cidades ir abordar o eleitor e a eleitora e pedir o voto, apresentar as propostas. É uma busca da combinação da agenda para criar condição do militante para essa abordagem.

Uma suposta avaliação negativa do prefeito Fernando Haddad, junto à questão de Padilha, faz com que o cenário seja mais difícil do que em outras eleições?

Você tem uma conjunção de fatores, não é só a dificuldade da campanha do Padilha, o papel que Haddad possa cumprir. Tivemos um desgaste especialmente em São Paulo com todo o debate em relação à prisão, o mensalão, que trouxe um desgaste para a imagem do PT. Então não é o Padilha, o Haddad, o PT teve um processo de desgaste grande. Estamos trabalhando um processo de recuperação. Se você pegar a avaliação do governo Haddad desde o início da campanha até quando terminar a campanha vai ver que vai ter um processo de melhoria natural desses indicadores. Natural porque a militância está na rua abordando, fazendo a disputa do voto.

Nas 76 maiores cidades de São Paulo entramos com um material específico por cidade, (informando) os investimentos do governo federal naquela cidade, entregando em casa material chamando a atenção da família. Aí entra a campanha na TV apontando aquilo que desejamos continuar fazendo naquela rua, naquela cidade.

Como o senhor avalia a reação do PT ao surgimento da Marina na disputa, ao discurso dela, ao conjunto de propostas?

Primeiro tem uma comoção grande, como se uma enxurrada adentrasse um lago cristalino. Ficou uma lama e as coisas vão se condensando, se assentando aquela sujeira da água para de novo ficar cristalina. A água está começando a ficar cristalina. Aí entram as contradições da Marina. O PT não está agredindo a Marina. Estamos abordando as contradições presentes no seu programa de governo. É incompatível você falar de investimento social e política neoliberal. A política neoliberal que ela fala inviabilizará os recursos para a política social. Esse triângulo não fecha.

É isso o que estamos falando: vai ter desemprego. Não é que a Marina em sã consciência quer desemprego. É porque o seu projeto de governo levará ao desemprego. De repente, coitada, ela nem está se dando conta disso, mas é isso que o seu pessoal de programa de governo preparou para ela. Está escrito. Da mesma forma o seu programa de governo está dizendo da independência do Banco Central. Mas não é só a independência do Banco Central. É mudar o padrão de atuação dos bancos públicos, é reorientar o BNDES para desmamar a indústria. O que é desmamar a indústria? O que é isso? Junto com a independência do Banco Central é inviabilizar o conjunto de investimentos propiciado pelas políticas dos bancos públicos.

Você pega a Caixa Econômica Federal. Se olhar o padrão do debate de 2002, quando o governo de Fernando Henrique Cardoso veio num processo de privatização contínuo. Se o Lula tivesse perdido aquela eleição, a continuidade das políticas que vinham transcorrendo e que o Serra daria continuidade, muitas coisas que estamos falando hoje não existiriam mais. Poderia ser o caso da Caixa, do Banco do Brasil, da Petrobras. Essas coisas estão contidas no programa da Marina. Não adianta ficar chorando de coitadinha porque coitadinha ela não é.

Essa comparação no campo da economia e do trabalho levou a um campo mais confortável, mais conhecido para o PT?

Facilita. Tenho de concordar que facilita bastante o debate. Fica mais clara a visão neoliberal do programa da Marina, por mais que ela tenha a cara que não pareça. Mas suas companhias, os escritos dos seus componentes do plano de governo, disso não paira dúvida.

Existe a análise de que o segundo turno entre Dilma e Marina será muito duro, imprevisível. Qual sua avaliação?

Hoje não se pode sequer ter muita clareza disso. Acho muito difícil o Aécio passar a Marina, então o mais provável é isso. Pode acontecer de não ter segundo turno. O que a gente pede para a nossa militância é trabalhar com toda a energia, o coração para os dois turnos. Caso tenha, o mais provável é com a Marina. Mas o Aécio tem chance. Temos de respeitar os adversários.

Com a Marina vamos continuar o debate que estamos fazendo agora, de comparação de vigor de projeto, de segurança que o povo brasileiro possa ter com a continuidade do governo Dilma, a condição de olhar e fazer comparações com o presidente Lula, que fez um bom primeiro mandato e um segundo mandato melhor ainda.

Até pelas condições que a presidenta Dilma enfrentou no primeiro mandato, com uma situação econômica externa muito adversa, e as coisas estão começando a melhorar, dar sinais, acho que podemos sinalizar um segundo mandato melhor que o primeiro. Creio que não haverá dificuldade para a nossa candidatura apresentar ao povo brasileiro qual é o porto mais seguro.

Vágner Campos/Campanha Marina
Para o coordenador de campanha, é inviável que Marina tente conciliar investimento social com redução do Estado

“Estamos aqui discutindo o destino do povo brasileiro. Você não faz isso com vitimização. Não estamos fazendo nenhuma agressão a Marina. Estamos discutindo o que está escrito no seu programa de governo”

Qual seria o perfil do eleitor da Marina?

Não sei. Um negócio meio esquizofrênico.

Num segundo mandato, quais deveriam ser as correções do governo Dilma? Há muita queixa sobre falta de diálogo.

Brinco que o pessoal estava mal acostumado. Com o Lula, o pessoal passava um resfriado, ele ligava, falava. Esse processo está sendo muito rico para a presidenta Dilma, e tenho certeza de que o segundo mandato será um mandato de maior proximidade da sua figura, da sua liderança com os vários setores que puderam dizer a ela, registrar a ela esse sentimento.

Ela é uma pessoa sensível, que ouve o que fala. Criaram uma imagem da presidenta que sinceramente não conheço. Não vejo essa pessoa que enxergam. É uma imagem que não corresponde à realidade. Esporro? Eu também dou na minha equipe. Isso faz parte do processo. O Lula também.

Talvez seja um pouco dessa coisa homem e mulher. Se o homem é duro é porque é machão; se a mulher é dura, é histérica, arrogante. A mulher que for mole não chega no lugar que a Dilma chegou. Não dá para chorar porque teve um debate duro. Debate duro faz parte do processo. O embate eleitoral é duro por natureza. Tem que saber que numa situação como essa a liderança tem que ter a sua fortaleza. Se quer chorar, chora em casa.

Como vocês trabalham a questão da Marina? Dilma tem pedido a Marina que não se vitimize, e Aécio também.

É isso que estou dizendo. Não é lugar de coitadinho, não é lugar de choro. É lugar de enfrentar o debate com a natureza que ele tem. Estamos aqui discutindo o destino do povo brasileiro. Você não faz isso com vitimização. Não estamos fazendo nenhuma agressão a Marina. Estamos discutindo o que está escrito no seu programa de governo.

E o PMDB? Houve problemas no Congresso, Skaf resiste a dizer que apoia Dilma, Romero Jucá faz campanha contra ela no Norte. O PMDB está realmente apoiando Dilma? Qual a perspectiva na relação com o PMDB no futuro?

Neste momento vamos trabalhar a eleição. Vamos deixar o PMDB para uma análise mais profunda após a eleição. O Skaf está fazendo sua campanha. Por ter um enfrentamento no estado com a candidatura do PT, essa situação levou a uma análise do candidato Skaf de ter esse comportamento, com certa dubiedade, até.

Aqui vamos tocar a campanha. O Michel Temer tem sido muito correto, muito legal. O vice-presidente nunca criou absolutamente nenhum constrangimento para a presidenta. Temos que elogiar essa postura do Michel Temer e do PMDB que o segue. O PMDB tem muitas vertentes e o Michel Temer tem sido um vice-presidente que honra muito seu posto.

Beto Albuquerque, vice de Marina, disse ontem que é impossível governar sem o PMDB.

Mas não diga (risos). O que é isso? Mais uma contradição. Mas o PMDB entra em qual lista da Marina entre os bons e os maus?

Nesta seara, foi um acerto ter apoiado o plebiscito da reforma política em meio à disputa eleitoral? Qual a real possibilidade de fazer uma reforma a partir de 2015?

Acredito que a reforma política só será possível para valer com o engajamento da sociedade. Estimular o plebiscito, apoiar o plebiscito, buscar aproximação das entidades que assim desejam é correto. Estimular esse processo participativo, porque seria uma pressão da sociedade brasileira independentemente do Congresso. Se esperar algo que vai sair das urnas, por si e por vontade somente do Executivo, vejo muita dificuldade de a reforma sair. Uma reforma política com a amplitude que o povo brasileiro aparentemente deseja é preciso, além do resultado das urnas, ter um processo popular com vigor, para podermos, de fato, ser vitoriosos.

A dependência que tem do Congresso nos faz concluir que não terá possibilidade de fazer reforma alguma se não houver pressão popular. Ou você faz uma composição da reforma política, ou uma composição da sociedade

A defesa do PT pelo financiamento público de campanha criou algum tipo de dificuldade nas campanhas proporcionais?

Eu não sei dizer se isso é responsável por um certo recuo por parte de empresas que, costumeiramente, têm apoiado campanhas de vários partidos. Dificilmente uma empresa tem segmento ideológico para apoiar este ou aquele partido. Os órgãos de controle criados no governo Lula e Dilma levaram a um processo de afastamento de muitas empresas que participavam de financiamento de campanha. Você tem, por um lado, a mídia pegando no pé das empresas que fazem isso oficialmente, o que levou algumas empresas a se afastarem, e você tinha, falando do conjunto de partidos, muitas empresas que faziam isso de forma paralela e que deixaram de fazer pelos órgãos de controle. Então, é praticamente impossível. Quem o fizer, o faz com muito risco e eventualmente faz caixa 2, que era costumeiramente feito às claras. O financiamento público de campanha é uma necessidade.

De qualquer forma, alguma coisa nós temos de avançar neste processo. A forma como está, considerada por todos que eu ouço, de qualquer partido, PT, PSDB, todo mundo, não vejo uma liderança política dizendo que está satisfeita com o atual processo. Nós precisamos fazer a reforma política para, a partir dela, fazermos uma reorganização partidária no país, porque 30 e poucos partidos ninguém aguenta.

Falta vontade política pelo PT para implementar uma reforma política a partir do Congresso?

Eu acho que faltou entendimento político. O governo, sozinho, ele não impõe uma reforma, a não ser que seja um governo que sai das urnas com uma força descomunal e apresente isso no Congresso e a partir disso você faz. Se não você precisa compor. Aqui nós estamos tratando de uma condição que vai nortear a vida de todos os partidos políticos. Então, o que está presente no Congresso Nacional é que vai refletir qual reforma você pode fazer. A dependência que tem do Congresso nos faz concluir que não terá possibilidade de fazer reforma alguma se não houver pressão popular. Ou você faz uma composição da reforma política, ou uma composição da sociedade. Eventualmente, a composição que a sociedade oferece no Congresso, pode ser que eles não consigam se entender para fazer uma reforma política, que é o que acabou acontecendo até agora. Isso também aconteceu na reforma tributária. Nós temos feito, insistentemente, nos últimos 20 anos, várias tentativas de reforma tributária, mas não temos feito, para valer, a reforma tributária. Assim como temos mexido nas questões políticas, mas só piorando. Não temos feito uma reforma política, de fato, como a sociedade está pedindo.  

A campanha política de Dilma na TV foi muito criticada, no início, pelo fato de estar, aparentemente, com muito marketing e pouca política. Na sua opinião, ela melhorou nesse aspecto depois desse ‘susto da Marina’?

Eu não tenho conseguido acompanhar nem a campanha da Dilma, nem de Padilha, Marina, Aécio. Vejo esporadicamente, mas sinto, pelos comentários das pessoas, que melhorou sim.

Lula falou sobre a necessidade de politizar a campanha, que estava presa ao marketing. O tom do discurso da Dilma e do Padilha mudou, desde então?

Acho que mudou, sim. Teve uma certa adequação aos momentos. Uma eleição você não faz nem só com disputa ideológica, debate político, e nem só com com peça de publicidade. Tem que combinar as duas coisas. A peça de publicidade é mais para mostrar que você deseja fazer, para popularizar uma proposta, para fácil entendimento da sociedade. No mais, a disputa é política. Entre peças de publicidade está tudo equilibrado, o desequilíbrio vem exatamente na disputa política.

O senhor estava falando sobre os acordos no Congresso etc. Alguns acordos com certos setores da Igreja compensam?

Não sei se há algum acordo dessa natureza, eu acho que não tem. No Congresso, você não conseguirá fazer uma reforma que a sociedade rejeita. Qualquer composição precisa levar em consideração o que pensa a sociedade. Por essa razão, a sociedade tem condições de se movimentar em processos populares de pressão para que o Congresso faça as adequações dessa composição.

Na hora que você tem a sociedade se movimentando, ela também vai fazendo suas composições. O que os trabalhadores podem compor com os empresários? O que os ambientalistas podem compor com os empresários e os trabalhadores em determinada proposta? Quando você tem a maioria da sociedade rejeitando alguma coisa, dificilmente você vai conseguir pôr aquilo em uma proposta. Nesse sentido, a participação popular ajuda no processo para algumas coisas avançarem. O Brasil tem uma dimensão continental, traz questões prós e questões contra, dificuldades do tamanho do nosso país.

Marina conseguiu captar inicialmente uma parte do eleitorado ligado à questão dos direitos humanos, da valorização das minorias. Dilma vai acenar para isso?

Todo mundo está condenando a homofobia. Aécio, Marina, Dilma. A Marina assumiu uma postura, e depois, com a cobrança do Malafaia, recuou. Então, o perfil da Marina que o eleitorado parece que começa a conhecer melhor é um perfil de quem fala que vai fazer isso, mas, frente à pressão, muda. Então, qual é o porto seguro que uma candidatura da Marina pode oferecer ao povo brasileiro?

Uma coisa é estar analisando um debate, uma demanda, uma pauta em que você vai buscar compor com a sociedade. Outra coisa é dizer ‘eu vou fazer’, e aí alguém bate o pé lá na ponta e ela muda. É só isso que ela vai mudar? Depois de quatro anos em exercício, quantas vezes mudaria? Em que insegurança você colocaria o país? Isso está começando a ficar claro.

Até 31 de agosto parecia que ela venceria no primeiro turno. Agora começa a ficar claro, surgem as contradições e ela volta ao tamanho que tinha antes.

Por que um eleitor indeciso deveria escolher Dilma, e não Marina ou Aécio?

Tem que olhar qual é o porto mais seguro para o Brasil e para o povo brasileiro neste momento. Aposto todas as fichas na eleição da Dilma e acho que o eleitor que estiver inseguro, indeciso, observa qual o porto mais seguro que está sendo oferecido. Quais as políticas do PSDB quando governou o Brasil, representado pelo Aécio? Qual a segurança que Marina pode oferecer nessas contradições todas, de idas e vindas, mudança de opinião toda hora? As relações dela com o sistema financeiro. Não estamos falando além do que está escrito no seu programa de governo. Então, o porto seguro chama-se Dilma Rousseff.

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