São Paulo

Lula recorda abandono de mandatos por Serra e pede voto em Suplicy

'Olha, meu, se mande e deixe o Suplicy continuar defendendo o povo de São Paulo', diz ex-presidente, que afirma não entender como Alckmin pode ser reeleito com racionamento e problemas no transporte

Paulo Pinto/Analítica/Padilha

Com Padilha, Lula afirmou que é preciso escolher alguém com dignidade para governar São Paulo

São Paulo – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recordou hoje (30) os abandonos de mandato por José Serra (PSDB) para pedir que a população reeleja Eduardo Suplicy (PT) para uma vaga no Senado. Serra se desgastou politicamente ao deixar a prefeitura de São Paulo, em 2006, para ser eleito governador.

“O Serra é aquele que era prefeito, saiu para ser governador. Era governador, saiu para ser presidente. Perdeu, tentou voltar para a prefeitura. Perdeu para o Haddad. Agora quer ser senador. Olha, meu, se mande e deixe o Suplicy continuar defendendo o povo de São Paulo como ele defende”, disse, durante ato em Carapicuíba, na Grande São Paulo.

Em 2010, Serra deixou o mandato de governador para ser candidato a presidente, perdendo para Dilma Rousseff. Dois anos depois, acabou derrotado por Fernando Haddad (PT) na disputa pela prefeitura de São Paulo.

O ex-presidente cumpre uma maratona na região metropolitana da capital paulista. a segunda-feira ele participou de atos com Dilma e Alexandre Padilha, candidato do PT ao governo do estado, na zona sul de São Paulo e em Franco da Rocha. Hoje, esteve em Itapevi, Barueri, Carapicuíba e Osasco, todas na Grande São Paulo, e amanhã faz atos nas zonas sul e leste da capital.

Trata-se de uma tentativa de alavancar a candidatura de Padilha, que hoje figura em terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto, e de melhorar a votação de Dilma no maior colégio eleitoral do país, tradicionalmente refratário ao PT.

Ao falar sobre Padilha, Lula atribuiu ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) responsabilidade pelo racionamento não declarado que ocorre em todo o estado e afirmou este é o momento de eleger uma pessoa com a “dignidade” que tem o ex-ministro da Saúde. “Não entendo como é que o povo se queixa de água, se queixa de transporte, se queixa de segurança e o Alckmin pensa que vai ser reeleito. Ou nós criticamos de verdade, ou nós não criticamos.”