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Projeto Truco!, da Agência Pública, confronta dados dos programas eleitorais

Após os programas exibidos nas noites de terças e quintas-feiras e aos sábados, a Pública exibe, de maneira interativa, análise das principais promessas e afirmações dos candidatos

reprodução/pública

Os presidenciáveis podem receber a carta “Truco” quando a promessa é inviável ou contraditória

São Paulo – Durante as campanhas eleitorais dos candidatos à presidência, a Agência Pública, de reportagem e jornalismo investigativo, está realizando o projeto “Truco!”, que analisa e checa dados apresentados pelos presenciáveis durante o horário eleitoral gratuito da TV. Após os programas exibidos nas noites de terças e quintas-feiras e aos sábados, a Pública exibe, de maneira interativa, uma análise das principais promessas e informações expostas pelos candidatos.

Os presidenciáveis podem receber a carta “Truco”, quando a promessa é inviável ou contraditória. A carta “Tá certo, mas não é bem assim” contesta uma informação incompleta, por exemplo, o candidato afirma que construiu 800 escolas em determinada região do país, no entanto, apenas metade está funcionando. O blefe é quando a afirmação não é verdadeira.

Para contestar as informações, a Pública busca dados oficiais nos ministérios e nos governos, ou ainda especialistas que contrariem propostas na área da saúde, educação. A diretora da agência, Natalia Viana, pontua que diversos candidatos afirmam que empregos estão desaparecendo no país, no entanto, não existem estatísticas que comprovem esta afirmação.

“Os níveis de empregos estão estáveis. O que tem diminuído é a criação de novos empregos, então você dizer que os empregos estão desaparecendo não é verdade”, esclarece em entrevista à Rádio Brasil Atual. Nesse caso, o candidato recebe uma carta “Não é bem assim” porque de fato existe uma preocupação com a economia do país.

Natália relata que os jornalistas estão sofrendo uma dificuldade em identificar dados devido à lei eleitoral. “Grande parte dos dados está de posse dos governos e, devido à lei eleitoral, os ministérios estão segurando um pouquinho esses dados”, afirma.

Outra dificuldade apontada para a apuração é a diversidade das campanhas, em que muitas falas não apresentam promessas e dados concretos, mas sim “ideias dúbias”.

Ouça a reportagem completa realizada pela RBA: