Horário eleitoral

Skaf e Padilha abordam educação, enquanto Alckmin mantém aposta em segurança

Governador volta a dizer na TV que deseja aprovação de projeto que aumenta tempo de internação de menores que cometam infrações. Candidato do PT explica proposta de fim da aprovação continuada

Luiz Claudio Barbosa/Futura Press/Folhapres

Governador faltou ao debate na Band, no sábado, quando estava internado no Incor

São Paulo – Enquanto os candidatos Alexandre Padilha (PT) e Paulo Skaf (PMDB) destacaram a educação, em suas campanhas de hoje (25) na TV, o tucano Geraldo Alckmin centrou a propaganda na segurança pública. O candidato à reeleição do governo de São Paulo pelo PSDB vem apostando na agenda da repressão como mote para conquistar votos, colocando o assunto em vários momentos-chave de seus compromissos públicos.

O governador paulista promete agora expandir o sistema de câmeras Detecta, software que integra bancos de dados de polícia, e lutar pela aprovação do projeto de lei, proposto por ele ao Congresso Nacional, que aumenta de três para oito anos a internação de menores infratores que cometem crimes hediondos. “É preciso acabar com a impunidade. A lei tem que estar do nosso lado, não do lado dos criminosos”, disse o programa, que exibiu o tucano durante visita recente ao Congresso, em Brasília, para tratar do tema.

Alckmin mostrou em seu programa o vice-presidente de Serviços para Setor Público da Microsoft, Mike McDuffie, que veio a São Paulo na semana passada, ocasião em que defendeu o programa já em funcionamento em Nova York.

Padilha destacou a educação e sua participação no debate da Band, no sábado (23), realizado sem a presença de Alckmin. O governador não participou do encontro porque estava internado no Incor com problemas gastrointestinais, segundo divulgou o governo. Ele teve alta na manhã de ontem. Segundo a propaganda eleitoral do petista, “a mudança na educação começa com a valorização do professor”. O ex-ministro da Saúde prometeu acabar com a aprovação continuada nas escolas estaduais, a exemplo do que foi feito na prefeitura da capital paulista pelo também petista Fernando Haddad.

O programa de Padilha também falou de segurança pública. “Para enfrentar o crime organizado, faremos parcerias com a Polícia Federal e com a Receita Federal”, afirmou. Na linha do então candidato do PT em 2012 e atual prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, o postulante do partido ao Palácio dos Bandeirantes disse que “São Paulo vai ser um estado de oportunidade para todos”.

Paulo Skaf prometeu “uma revolução da educação”. Também afirmou que vai acabar com a aprovação automática e implementar um sistema de educação integral em todas as escolas do estado. Segundo Skaf, as escolas paulistas serão “no padrão Sesi”, disse, referindo-se à rede de ensino particular da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Para ser implementado integralmente, de acordo com o candidato, o projeto precisará de R$ 1,6 bilhão em um período de dez anos.