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Governo Tarcísio: Apeoesp tem dado parcial de 379 classes fechadas em 36 regiões de São Paulo

Governo admitiu o fechamento de 312 classes. A justificativa seria um ajuste que precederá um desmembramento de classes. Para a Apeoesp, é uma “reorganização disfarçada”, como aquela de 2015 e 2016, que tentou fechar escolas no estado

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O governo de Tarcísio de Freitas insiste em política de enxugamento de recursos pela educação com histórico de fracasso em SP

São Paulo – Dado parcial de levantamento do sindicato dos professores na rede estadual paulista (Apeoesp) mostra 379 classes fechadas pelo governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos). O número corresponde a turmas de 38 das 48 regiões que já enviaram informações. Outras 36 regiões ainda não responderam.

Ao sindicato dos professores, em encontro com a presidenta da entidade e deputada estadual, Professora Bebel (PT), a Secretaria de Educação admitiu o fechamento de 312 classes. A justificativa seria um ajuste que precederá um desmembramento de classes.

Segundo documento a que o sindicato teve acesso, a orientação para as 91 diretorias de ensino do estado é otimizar a formação de classes entre 20 e 30 alunos. Para isso deverão ser consideradas a realidade escolar local, a preservação do mesmo turno e escola e a garantia pedagógica do ensino aos estudantes. O objetivo final seria evitar contingente de estudantes superior ao estabelecido em resolução:

  • 30 alunos para as classes dos anos iniciais do ensino fundamental;
  • 35 alunos para as classes dos anos/séries finais do ensino fundamental;
  • 40 alunos para as classes de ensino médio;
  • 45 alunos para as turmas de educação de jovens e adultos, nos níveis fundamental e médio.

Tarcísio insiste em políticas fracassadas, diz Apeoesp

Segundo a Secretaria da Educação, foram abertas mais 3 mil salas de aula neste ano. O estado tem ao todo 104 mil. E que foi feito “redimensionamento” de 0,3% de classes no primeiro bimestre, “conforme ocorre todo ano”, seguindo critérios estabelecidos por duas resoluções da secretaria.

“Se, ao final de cada bimestre, a rede constatar o aumento ou diminuição da demanda escolar, a Diretoria de Ensino deverá reavaliar e proceder o devido redimensionamento, adequando à realidade local. É dada total garantia pedagógica do ensino aos estudantes”, diz a secretaria, em nota.

Para a Apeoesp, o governo de Tarcísio de Freitas tenta repetir, com classes fechadas, a política frustrada do então governador Geraldo Alckmin, em 2016 – a “reorganização disfarçada”. Na surdina, queria fechar classes e turnos para esvaziar determinadas unidades. O plano denunciado e interrompido sucedeu outro desastre político no ano anterior.

A ideia era fechar 94 escolas em diversas regiões do estado e desmembrar outras 750 escolas. Os alunos então saíram em defesa de suas escolas, ocuparam 215 em todo o estado, enfrentaram a polícia e conseguiram derrubar do posto o então secretário Herman Voorwald.

Redação: Cida de OliveiraEdição: Helder Lima