Mobilização

Em todo o país, professores vão às ruas pelo pagamento do piso salarial

Em dia nacional de mobilização convocado pela CNTE, educadores reivindicam cumprimento do piso do magistério por estados e municípios

Sind-UTE/MG
Sind-UTE/MG
Em Belo Horizonte, professores exigem do governador Romeu Zema o pagamento do piso

São Paulo – Convocados pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), professores de todo o país se reuniram nesta quarta-feira (16) para reivindicar a valorização do magistério e o cumprimento, por estados e municípios, da Lei do Piso do Magistério. Para este ano, o piso é de R$ 3.845,73. Ou seja, nenhum estado pode pagar abaixo desse valor.

“No ano passado, tentaram, por diversas vezes, reduzir o índice de reajuste do piso. Não conseguiram graças a nossa mobilização. Este ano tentaram reduzir novamente, mesmo sem a lei ter sido aprovada – conseguimos barrar. Agora a batalha é fazer valer a lei em todos os municípios, em todos os estados. É importante manter a defesa da carreira. Porque, como sempre defendemos na CNTE, piso e carreira andam juntos”, disse o presidente da CNTE, Heleno Araújo.

Lei do piso

A Lei do Piso, conforme ressaltou, é uma a conquista de um processo de diálogo dos professores com o governo federal e o Ministério da Educação, durante o mandato de Luiz Inácio Lula da Silva. “Foi com esse diálogo que nós conquistamos o Fundeb em 2007 para financiar toda a educação básica e valorizar os profissionais da educação. Vale lembrar que estamos sempre no processo de disputa, que nos levou a conquistar um piso salarial para o magistério público em 2008″, disse.

A mobilização desta quarta-feira reforça a reivindicação dos professores pelo pagamento do piso. No entanto, tem outras demandas, como a regulamentação do piso salarial dos profissionais do setor, a valorização dos planos de carreira, as contratações por concurso público e contra a terceirização na educação. A revogação do Novo Ensino Médio também está na pauta do dia, juntamente com a luta contra a militarização escolar, o homeschooling (educação domiciliar) e a lei da mordaça (Escola sem Partido).

Manifestação em Salvador (Foto: Edmilson Barbosa CUT Bahia)
Ato em Dourados (MS) (Foto: Divulgação Fetems/Simted)

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