descaso

Governo Doria serve merenda sem tempero nas escolas de Mauá

Apeoesp denuncia falta de condimentos e temperos básicos para a preparação de alimentos nas escolas do município

TVT/Reprodução
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Para representantes da Apeoesp e da Comusam, governo Doria sucateia para terceirizar serviço prestado às escolas

São Paulo – Há pelo menos dois meses, alunos da rede estadual de ensino de Mauá, no ABC paulista, estão se alimentando com comida sem tempero. De acordo com denúncia do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), o governo de João Doria (PSDB) não tem repassado às escolas do município ingredientes básicos para temperar os alimentos dos alunos, como sal, alho, cebola e até mesmo óleo.

A Apeoesp chegou a procurar pela secretaria estadual da Educação, que confirmou haver um problema na licitação. Mas, de acordo com o coordenador da entidade na subsede em Mauá, André Sapanos, ainda assim as direções das escolas  orientadas pela diretoria de ensino do município, que é subordinada à secretaria de Educação  têm pedido aos pais e alunos os ingredientes para que possa ser feita a merenda, o que é um “desrespeito”, avalia. “Não é função da comunidade escolar, que já paga tanto imposto”, contesta, em entrevista à repórter Dayane Ponte, do Seu Jornal, da TVT.

Ao jornal Mauá Agora, a secretaria afirmou que uma verba foi repassada às diretorias de ensino, há cerca de um mês, para a compra de temperos. O envio teria sido formalizado há 23 dias para suprir as demandas até o fim do ano letivo e a expectativa é de que a normalização aconteça até o fim do semestre. Mas, enquanto isso, o descaso choca familiares dos alunos.

Para representantes da Apeoesp e do Conselho Municipal de Segurança Alimentar de São Paulo (Comusam), por trás de toda essa carência pode estar a intenção de Doria em terceirizar os serviços prestados nas escolas, inclusive o da alimentação escolar. Hoje, além de Mauá, a secretaria é responsável pela distribuição de alimentos em outros 120 municípios. “A gente vem observando uma certa tentativa de tirar o que for possível da responsabilidade do estado, isso tanto na educação como na saúde”, observa a coordenadora da comissão executiva da Comusam Vera Vilela.

Assista à reportagem da TVT