Fé na moçada

#TsunamidaEducação volta às ruas dia 30. ‘O governo sentiu e vamos manter’

Após Greve Nacional da Educação, no dia 15 de maio, movimento estudantil convoca nova paralisação. Presidenta da Associação de Pós-Graduando, Flávia Calé fala sobre protestos na Rádio Brasil Atual

manifestações 30 de maio
manifestações 30 de maio
(Fernando Frazão/EBC)

São Paulo – A exemplo da Greve Nacional na Educação, os movimentos estudantis preparam nova paralisação para o dia 30 de maio. Os atos que devem ocorrer por todo o país dão continuidade à luta travada no último dia 15, quando mais de 1 milhão de pessoas em várias capitais foram às ruas contra os cortes na educação anunciados pelo governo de Jair Bolsonaro.

De acordo com a presidenta da Associação Nacional de Pós-Graduando (ANPG), Flávia Calé, os atos são uma forma de continuar exercendo pressão sobre o governo, aproveitando o ensejo deixado pelo chamado tsunami da educação que mostrou o incômodo de diversas classes sociais quanto ao desmonte da educação do país.

“A manifestação tem esse caráter democrático, no sentido de que a gente precisa da união dos setores para reagir a esse ambiente obscurantista de perseguição política. Esses atos vão compondo uma ampla reação da sociedade ao que tem significa esse governo para o país”, observa Flávia em entrevista à jornalista Marilu Cabañas, da Rádio Brasil Atual.

Entre os diversos “desmandos”, como a presidenta da ANPG classifica as ações de Bolsonaro, um dos efeitos do bloqueio de 30% no orçamento das instituições e universidades federais e de bolsas de pesquisas da pós-graduação está o acirramento das desigualdades no nordeste do país, segundo Flávia. “Esses programas que têm muito importância nessas regiões ficarão sem financiamento, acabando mesmo com linhas de pesquisa e suas produções”, ressalta.

Ouça a entrevista na íntegra