greve

Professores realizarão paralisação no próximo dia 15. Confira a agenda de atos

Em São Paulo, os docentes realizarão um ato no vão livre do Masp, na Avenida Paulista, a partir das 14h

APUB

Paralisação da categoria será um “esquenta” para a greve geral no dia 14 de junho, contra a ‘reforma’ da Previdência

São Paulo – Os profissionais da educação básica e superior, pública e privada, vão cruzar os braços, na próxima quarta-feira (15), contra o corte de verbas para educação e a reforma da Previdência. “É uma aberração e isso não podemos aceitar”, disse o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE), Heleno Araújo. A paralisação do setor de educação nesse dia é vista com um “esquenta” para a greve geral convocada pelas centrais sindicais para 14 de junho.

“A adesão à greve nacional da educação, que já era considerável em todo o país, cresceu ainda mais depois que o governo anunciou o corte de investimentos na área e está atraindo o apoio de pais, mães e alunos preocupados com os rumos do ensino público no Brasil”, disse Heleno. A informação é de Érica Aragão, do Portal CUT.

Em São Paulo, os professores ligados à Apeoesp e ao Sinpeem – sindicatos dos profissionais da rede estadual e municipal de ensino, respectivamente – prometem cruzar os braços no dia 15. Eles realizarão um ato no vão livre do Masp, às 14h, na Avenida Paulista, região central da capital.

Ainda de acordo com ele, a Proposta de Emenda à Constituição da “reforma” da Previdência, a PEC 6, tem como objetivo destruir a aposentadoria da população, sendo bastante nociva aos docentes.

“As professoras que ingressaram na carreira até 2003 vão ter que trabalhar 10 anos a mais e as que ingressaram depois de 2004 serão de trabalhar 15 anos a mais para receber benefícios menores”, explica Heleno, que questiona: “Como é que nós professores, ocupação considerada penosa, conseguiremos trabalhar até 65 anos, ou no caso das professoras, até 62 anos?”

Segundo dados levantados pela Consultoria de Orçamento da Câmara dos Deputados, o congelamento de recursos do Ministério da Educação e Cultura (MEC) compromete R$ 2,1 bilhões nas universidades e R$ 860,4 milhões dos Institutos Federais. “Estes cortes estão prejudicando a merenda e o transporte escolar das nossas crianças da educação básica, além, claro, de prejudicar toda educação pública, cortando recursos de manutenção e de pesquisa”, acrescentou Araújo.

Confira a agenda de atividades para o dia 15:

• Acre
Greve geral no Estado, com ato público em Rio Branco.

• Alagoas
Greve, com ato público – concentração no Centro Educacional de Pesquisa Aplicada (CEPA) às 07h

• Bahia
Paralisação nas redes estadual e municipal de Salvador e do interior, universidades federais e estaduais, rede privada, técnicos das universidades, movimento estudantil.
Ato às 9 horas, no Campo Grande.

• Brasília
Greve, com ato no Museu Nacional, às 10h.

• Ceará
Os servidores públicos de Educação e de Cultura do Estado vão paralisar e realizar um ato unificado, na Praça da Bandeira. Já os trabalhadores e as trabalhadoras da educação farão uma caminhada da Praça da Imprensa até a Assembleia Legislativa. Ambos terão concentração a partir das 8h.

• Espírito Santo
Greve geral na rede estadual e nos grandes municípios. Ato unitário com trabalhadores, alunos e professores na Praça do Papa, em Vitória, às 8h30.

• Goiás
Greve com ato público na Praça Cívica, em Goiânia. 

• Maranhão
Greve nacional, com manifestação na sede do Instituto de Previdência dos Servidores Municipais.

• Mato Grosso
Em Cuiabá, um ato público será feito na Praça Alencastro, às 14 horas.

• Minas Gerais
Ato público na Praça da Estação, às 14h. Também será feito um debate sobre a reforma da previdência na Universidade Federal da Minas Gerais (UFMG).

• Pará
Mobilização da rede estadual e da rede municipal em diversos municípios. Na rede estadual, serão realizadas atividades em Belém.

• Pernambuco
Atos marcados no centro do Recife, como em Caruaru e Petrolina. Os trabalhadores da educação de Cabo de Santo Agostinho vão parar as atividades e seguem para o ato unificado, na capital.

• Rio Grande do Norte
Greve, com atos públicos na maioria das regionais do sindicato da categoria, pela manhã. À tarde, uma manifestação, em Natal, com profissionais das universidades e institutos federais.

• Rio de Janeiro
Atividades descentralizadas estão marcadas para as primeiras horas do dia em todo o estado e, às 15h, será realizado um ato unificado na Candelária, centro da capital.

• Rio Grande do Sul
Em Ijuí, os professores do município e do estado aula pública na praça central da cidade, com os seguintes temas: bloqueio de verbas para a educação; escola sem partido; militarização do ensino público; e reforma da previdência.

Em todo estado, terá greve e atividades regionais, como aulas públicas e atos. Já em Porto Alegre, serão feitas atividades durante todo dia, em três espaços diferentes. Ações com universidades, movimento estudantil, institutos federais, entidades municipais da educação também estão sendo articuladas.

Os trabalhadores da educação farão panfletagem na parte da manhã no centro da cidade, plenária sobre a reforma da Previdência, no auditório da Escola Juvenal Miller, e a noite vai ter uma passeata luminosa.

• Roraima
Greve articulada com organizações da educação, como a Universidade Federal de Roraima (UFRR). 

• São Paulo
Os trabalhadores e as trabalhadoras ligados a Apeoesp e o Simpeem vão cruzar os braços e realizar ato no vão livre do Masp, às 14h, na Avenida Paulista.

• Sergipe
Pela manhã, o Sindicato dos Profissionais do Ensino do Município de Aracaju (Sindipema) realizará um ato público, em frente da Câmara Municipal de Aracaju.

Já a Associação dos Docentes da Universidade Federal de Sergipe (Adufs) e Sindicato dos Trabalhadores Técnico-administrativos em Educação da UFS (Trabalhadores/UFS) organizarão protesto na porta da Universidade, no campus São Cristóvão, a partir das 14h.

Leia também

Últimas notícias