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Mudanças de Doria na rede pública de ensino são criticadas por especialistas

Governador anunciou alterações no calendário escolar, a partir de 2020, e no quadro de aulas dos estudantes da rede pública

Governo de SP

Novas mudanças foram anunciadas nesta segunda (6), quando o governador lançou o programa Inova Educação

São Paulo – Especialistas consultados pela Rádio Brasil Atual, contestaram os impactos atribuídos pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB), às mudanças anunciadas para a rede estadual de ensino.

O governo anunciou mudança no calendário escolar a partir de 2020 que, na prática, diminui o tempo de férias no mês de julho para 15 dias e insere uma semana no mês de abril e outra semana em outubro, totalizando quatro períodos de férias escolares. Os 30 dias entre dezembro e janeiro serão mantidos.

“Ainda não se sabe em como isso afetará a vida familiar porque, se você tira o estudante por mais vezes durante o ano e deixa-o em casa, isso pode afetar na lógica das casas paulistas”, avalia a presidenta da União Paulista dos Estudantes Secundaristas (Upes-SP), Laís do Vale, sobre uma possível alteração na dinâmica familiar.

O governo alega que haverá impactos nos campos pedagógico, econômico e administrativo com a mudança no calendário. Mas, para o secretário do Conselho Mundial de Institutos Paulo Freire, José Eustáquio Romão, os argumentos não se sustentam, por exemplo, quando se afirma que o aprendizado será otimizado. “Eu não conheço nenhuma pesquisa dessa natureza realizada por todos os países do mundo que eu vou”, rebate Romão.

Nesta segunda-feira (6), uma outra alteração na rede pública de ensino foi anunciada por Doria, estabelecendo cinco aulas adicionais por semana. O projeto Inova Educação prevê ainda uma redução no tempo das aulas de Português e Matemática, passando de 50 para 45 minutos.

Ouça reportagem da Rádio Brasil Atual