Na Câmara

Câmara convoca Weintraub a explicar cortes de 30% e universidades

Nesta quarta-feira (15), dia nacional de mobilização em defesa da Educação, Abraham Weintraub será questionado pelos deputados sobre os cortes de 30% no orçamento

José Cruz/ABR

Cortes podem interromper um ciclo de expansão do sistema educacional; Bolsonaro teria ligado para Weintraub

São Paulo – O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou hoje (14), por 307 votos a 82, a convocação do ministro da Educação, Abraham Weintraub, para dar explicações sobre os cortes de 30% no orçamento das universidades públicas e dos institutos federais. Weintraub falará nesta quarta-feira (15), dia nacional de mobilização em defesa da educação pública justamente contra as restrições orçamentárias. 

As convocações de ministros são mais frequentes nas comissões temáticas da Câmara do que no Plenário. Ao contrário de convite, em que se pode recusar e faltar, a convocação exige a presença do ministro.

Autor do requerimento, o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) disse que os cortes precisam ser explicados, já que o ciclo de expansão do sistema educacional público corre risco de ser interrompido.  

O líder do PT, deputado Paulo Pimenta (RS), alfinetou o governo de Jair Bolsonaro (PSL), sua desarticulação no Congresso e a falta de apoio e de lideranças do seu partido durante a votação do requerimento.

“Estamos vivendo o inusitado: votando a convocação de um ministro sem um líder em Plenário. A nova política deve ser isso, um governo sem liderança e que mergulha o país no caos. Por isso precisamos conversar com o ministro da Educação”, afirmou.

A véspera do Dia Nacional de Defesa da Educação, e da primeira grande greve envolvendo setores público e privado em seu governo,  também provocou reação presidente Jair Bolsonaro. Bolsonaro teria determinado hoje que não haja mais cortes orçamentários no Ministério da Educação (MEC). Seria mais um recuo em sua gestão. O ministro Weintraub teria recebido telefonema com a ordem.

“O presidente ligou para o ministro na nossa frente e pediu para rever. O ministro tentou contra-argumentar, mas não tem conversa”, disse ao portal UOL o líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir (PSL-GO).  A notícia, no entanto, foi negada pela Casa Civil.

Com informações da Câmara Notícias

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