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Educação começou a ir à rua contra ataque sem precedentes, diz Gleisi

Presidenta nacional do PT lembra que, além de ato no Rio, estudantes baianos protestaram nesta segunda contra ameaça representada por Bolsonaro. Nesta terça, haverá manifestação da comunidade da UnB

Reprodução

“Olavo de Carvalho é um assessor nebuloso, uma coisa meio sombria”, disse deputada federal

São Paulo – A deputada federal e presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PR), divulgou vídeo em sua página no Facebook para comentar a manifestação realizada por alunos, pais e professores dos colégios Pedro II, do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet), do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ), além da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV). O ato foi realizado em frente ao Colégio Militar, no bairro do Maracanã, durante visita do presidente Jair Bolsonaro ao local.

Para ela, o desrespeito de Bolsonaro pela educação “começou há quatro meses”, no início do governo. “Não é à toa que a educação começou a ir à rua. Ninguém aguenta esse tipo de ataque.” Segundo ela, a agressão “sem precedentes” à educação também se dá no texto da reforma da Previdência. “Professor agora só vai se aposentar com 60 anos e com 30 anos de contribuição.”

A manifestação no Rio, disse a parlamentar, é importante porque “mostra que a reação não é apenas de alunos e professores, mas também dos pais”. Ela comentou que o movimento estudantil já dissemina atos por todo o país e que a Universidade Federal da Bahia (UFBA) foi à rua nesta segunda, contra a reforma da Previdência, à ameaça de Bolsonaro à autonomia universitária e os cortes de recursos. Nesta terça, haverá manifestação na Universidade de Brasília (UnB).

“Eles resolveram desferir um ataque frontal às universidades. Acham que universidade não pode ter debate, questionamento, divergência. Todo mundo tem que pensar igual pensa o Bolsonaro. Linha militar, disciplina absoluta e pensamento igual. É isso o que querem.”

A deputada disse que Olavo de Carvalho é “um assessor nebuloso, uma coisa meio sombria que fica por trás de redes sociais falando do governo junto com os filhos de Bolsonaro e fazendo articulações contra ministros e setores do governo”.

Segundo Gleisi, a educação virou um “saco de pancada” do “assessor nebuloso”, do primeiro ministro nomeado (Ricardo Vélez Rodrigues) e agora do segundo (Abraham Weintraub), indicado também por influência de Olavo de Carvalho.

A petista afirmou ser grave a tentativa de fazer “um desmonte da educação” pelo governo com o decreto que reestrutura o Ministério da Educação (MEC) e cria a Subsecretaria de Fomento às Escolas Cívico-Militares (Secim). “Estão destruindo o MEC.”

Gleisi mencionou a tentativa de introduzir no currículo das escolas a ideia de que “a ditadura não foi ditadura”, ou colocar o educador Paulo Freire como inimigo da educação, entre outras iniciativas.

Lembrou ainda que os cortes na área são promovidos a partir do governo Michel Temer, com medidas como a Emenda do Teto de Gastos (PEC 95/2018), pela qual a educação perdeu R$ 7 bilhões. “Essa semana estavam cortando mais R$ 2,5 bilhões da educação básica.”

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