Na Câmara

Projeto Escola sem Partido avança e pode ser votado na próxima semana por Comissão

Parecer do relator foi lido, mas parlamentares da oposição conseguiram adiar votação do projeto com pedidos de vista

TVT/Reprodução

De acordo com oposição, parlamentares a favor do projeto usaram de manobras “autoritárias” para leitura do parecer

São Paulo – O Projeto de Lei 7180/2014, conhecido por Escola Sem Partido, avançou nessa quinta-feira (22) e poderá ser votado na próxima semana pela Comissão Especial que analisa o PL  na Câmara dos Deputados. O relator, deputado Flavinho (PSC-SP), conseguiu fazer a leitura do parecer, mas, de acordo com parlamentares contrários à proposta, foram usadas estratégias “autoritárias” para garantir a votação, que acabou sendo adiada pelos pedidos de vista da oposição.

“Houve manobra regimental para tentar aprovar a leitura do relatório e houve também desrespeito, truculência de todas as formas, assim como é o perfil de quem defende esse projeto”, criticou a deputada Marcivânia Flexa (PCdoB-AP) em entrevista ao repórter Uélson Kalinovski, do Seu Jornal, da TVT.

De acordo com deputados do PT, Psol, PCdoB e de partidos da base também opostos à proposta, o painel de presença da sessão foi aberto antes do horário, o que teria permitido que parlamentares a favor da Lei da Mordaça pudessem “furar” a ordem de requerimento, o direito à palavra e conseguir o quórum para votação. Segundo a oposição, até mesmo a leitura do parecer foi ilegal por ignorar os questionamentos dos parlamentares que paralisariam a sessão. 

Se aprovada, a proposta do Escola Sem Partido proibirá a manifestação em sala de aula de posicionamentos políticos e considerados ideológicos e partidários ou que envolvam a questão de gênero e sexualidade.

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