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Professores temporários de São Paulo conquistam espera menor por novo contrato

Após acordo da Apeoesp com o governo estadual, docentes da categoria O terão novos contratos após 40 dias. Expectativa do sindicato é que efetivação seja feita em 2020

Wilson Dias/Agência Brasil

Estado de São Paulo tem hoje cerca de 30 mil professores da categoria O. Apesar da vitória, o cenário ainda não é o ideal

São Paulo – Os professores temporários da rede pública estadual de São Paulo deixarão de esperar 180 dias por um novo contrato de trabalho. Após negociação do sindicato da categoria, a Apeoesp, com o governo paulista, na última segunda-feira (20), ficou acordado um novo prazo renovar o contrato – de 40 dias –, além da realização de um concurso para a contratação de 15 mil docentes. 

Na reunião, no Palácio dos Bandeirantes, o governador Márcio França (PSB) e o secretário de Educação, João Cury, se comprometeram a cumprir as reivindicações da categoria. “Foi uma importante conquista porque tira uma insegurança desses professores. Aqueles que começaram em 2015 teriam o contrato vencido neste ano e ficariam 180 dias fora da rede. Mas a Apeoesp vai continuar lutando para acabar com esse afastamento de forma definitiva”, explica o vice-presidente da entidade, Roberto Guido.

O estado de São Paulo tem hoje cerca de 30 mil professores da categoria O – aqueles com contrato temporário, que prevê um período de afastamento após o término do contrato.

O professor André Luis Almeida afirma que, por conta da insegurança, tem um outro emprego para completar a renda. “Você não sabe como vai ser o ano que vem, então você já pensa em outras possibilidades. Alguns procuram a rede privada, outros procuram outros trabalhos. No meu caso, eu trabalho num bar à noite. Você não sabe se vai ter salário no ano que vem, não consegue planejar a sua vida”, lamenta.

Apesar da vitória conquistada no início da semana, o cenário ainda está longe do ideal para os professores em São Paulo. O sindicato cobra a efetivação imediata dos profissionais da categoria O. “Nós queremos que isso seja feito de forma excepcional, que os anos de 2019 e 2020 sejam exceção, para que não tenhamos mais esse tipo de problema”, afirma Guido.

Assista à reportagem do Seu Jornal, da TVT:

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