Repressão

Guarda Municipal de Salvador agride professores em protesto contra ACM Neto

Educadores denunciam que agentes usaram bombas de gás, spray de pimenta, além de ameaças com armas de fogo, para reprimir servidores que reivindicavam atendimento de promessas feitas pelo prefeito

reprodução/TVT

Professores que reivindicam reajuste e aplicação de plano de carreira foram recebidos com truculência pela GCM

São Paulo – Professores da rede municipal de Salvador foram agredidos por guardas civis municipais durante protesto em frente à Secretaria Nunicipal de Educação na manhã de terça-feira (7). Os agentes jogaram bombas de gás lacrimogêneo e spray de pimenta e apontaram armas letais contra os educadores. 

Em greve há 28 dias, os professores municipais pretendiam ocupar o prédio da secretaria como parte das ações de paralisação. A GCM alega que a ação foi motivada após os agentes serem agredidos por servidores. O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APBL) nega as acusações.

“Fomos recebidos com truculência, com arrogância, pelos prepostos do prefeito (ACM Neto, do DEM). É um absurdo a forma como nós fomos tratados aqui. Vamos tomar as medidas judiciais cabíveis, e vamos responsabilizar o Executivo municipal pelo fato ocorrido aqui”, diz a diretora do sindicato Elza Melo ao repórter colaborador do Seu Jornal, da TVT,  Edmilson Barbosa.

A categoria está em campanha salarial desde abril e reivindica reajuste salarial de 6,8%, mas a prefeitura ofereceu 2,5%. Os professores também pedem aumento no auxílio-alimentação, progressão de carreira e eleição dos diretores das escolas. 

“O prefeito nega a cumprir o plano de carreira que ele mesmo assinou. Estamos vivendo exceção de direitos, zero reajuste. Isso é desvalorizar o profissional”, afirma o professor Eudes Vidal. Já a professora Manuela Cristina diz que a greve só será encerrada quando a prefeitura garantir os direitos da categoria.

“É reajuste linear para professores professores Reda (Regime Especial de Direito Administrativo), para professores ativos e aposentados, e a mudança de nível. Não é possível que o prefeito dê R$ 6 milhões para a ONG da sua mãe, que gaste milhões contratando empresa de consultoria, como a Falconi, e não nos dê os nossos direitos. Chega!”, cobrou.

Assista à reportagem do Seu Jornal, da TVT:

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