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Sinpro: trabalhadores procuram sindicato atrás de proteção

Frente à 'violência' representada pela nova lei, professores da rede privada buscam a entidade de classe principalmente para se defender de abusos e poder contar com assistência jurídica

Fepesp

Em cenário de incerteza, sindicato é espaço à preservação de direitos e discussão de temas importantes para o trabalhador

São Paulo – Pesquisa realizada pelo Sindicato dos Professores de São Paulo (Sinpro-SP) com trabalhadores que se filiaram no primeiro semestre constatou que a maioria se associou em busca de proteção contra abusos e pela preservação de direitos, frente ao cenário de ameaças e incertezas.

Em relação aos motivos que os levaram a procurar o sindicato, professores e auxiliares da administração escolar destacaram a “defesa contra abusos”, que “a situação está ficando mais difícil”. “Contribuir na discussão de assuntos importantes” foi a terceira opção mais citada pelos recém-filiados. Eles também afirmam que decidiram procurar a entidade para poder contar com assistência jurídica, serviços e cursos oferecidos. 

Entre as palavras associadas ao sindicato, os trabalhadores citaram “direitos”, “futuro”, e “reforma trabalhista”, que denotam preocupação com as mudanças que entram em vigor a partir deste sábado (11), pela Lei 13.467.

Para o presidente da Federação dos Professores de São Paulo (Fepesp), Celso Napolitano, que agrega os sindicatos dos profissionais do ensino privado no estado, a importância da organização sindical aumenta devido ao atual cenário de incertezas e ataques a direitos, representado pelo dita “reforma” trabalhista do governo Temer. 

“É exatamente isso que o trabalhador está querendo, e precisando, dos sindicatos, nesse momento em que entra em vigência essa violência que é a nova lei das relações do trabalho, chamada de reforma trabalhista. Ela simplesmente deforma todas as relações do trabalho. O trabalhador quer que o sindicato o proteja, e o sindicato está aí exatamente para exercer essa proteção”, afirmou Napolitano à Rádio Brasil Atual nesta quinta-feira (9). 

Ele alertou para que o trabalhador não faça qualquer tipo de negociação individual com patrões, e que qualquer ofensiva do tipo seja comunicada ao órgão que representa a categoria. Destacou ainda campanha lançada pela Fepesp, que visa à valorização dos sindicatos. E também convocou os trabalhadores da educação a participar das manifestações desta sexta-feira (10) contra a “reforma” trabalhista do governo Temer.

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