Na rua

Trabalhadores da educação e estudantes fazem atos em defesa de direitos

Em ruas e praças, manifestações contra as reformas trabalhista e da Previdência e em defesa da educação pública

CNTE

Mobilização: CNTE e entidades filiadas em ato na Praça do Relógio, em Taguatinga (DF)

São Paulo – Trabalhadores da educação e estudantes ocuparam ruas e praças na manhã de hoje (30) dia nacional de greves e paralisações em defesa dos direitos e contra as reformas da Previdência e trabalhista, propostas pelo presidente Michel Temer (PMDB).

O dia de luta dos estudantes secundaristas começou cedo no Rio de Janeiro. Integrantes da Associação Municipal dos Estudantes Secundaristas (Ames RJ) se uniram aos trabalhadores dos Correios, fechando a principal unidade operacional no estado.

Professores e alunos da rede privada também aderiram à mobilização nacional. No começo da tarde fizeram ato no Largo do Machado. 

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Professores e alunos da rede privada em debate, no Rio de Janeiro

Pela manhã, professores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) fizeram manifestação em frente ao Palácio Guanabara, sede do governo. A atividade contou com aula pública que debateu a ação das universidades contra as reformas, ministrada pelos professores Gaudência Frigotto, da Uerj, e Mariana Trotta, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Em São Carlos (SP), pela manhã, servidores da Universidade Federal (Ufscar) fizeram assembleia em frente à universidade e seguiram em marcha com outros coletivos em direção ao centro da cidade, em protesto contra as reformas e o governo Temer. 

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Servidores da UFSCar em assembleia, no interior paulista

No Distrito Federal, representantes da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), com entidades filiadas e centrais sindicais, fizeram ato público pela manhã na Praça do Relógio, em Taguatinga. O presidente da CNTE, Heleno Araújo, destacou a importância da ocupação dos espaços públicos pelos trabalhadores e a mobilização constante. Em Campo Grande, os trabalhadores fizeram ato na praça Ari Coelho.

Em Brasília, 70% dos estudantes de escolas públicas não tiveram aulas, de acordo com o Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro-DF).

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Na capital gaúcha, Brigada Militar não deu trégua a manifestantes

Em Porto Alegre, durante piquete na Carris, zona leste, dezenas de pessoas que apoiavam a mobilização dos trabalhadores foram detidas pela Brigada Militar. O ex-vice presidente do Sindicato dos Professores do Rio Grande do Sul (CPERS) Vitor Espinoza e o dirigente da CTB Raúl Cerveira foram detidos e levados ao Palácio da Polícia, sob acusação de porte de explosivo.

Houve repressão em toda a cidade, com desmonte de piquetes pela Brigada Militar e uso de bombas de gás lacrimogêneo sobre estudantes e trabalhadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) nos campus do Vale e Central. 

Em Belo Horizonte, estudantes da Escola Estadual  Olegário Maciel e do Estadual Central começaram cedo concentração para ato no centro da cidade.

 

 

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