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CPI da Merenda: apesar de provas envolverem Capez, tucano não é convocado para depor

Nome do presidente da Assembleia Legislativa apareceu nas investigações depois que ex-dirigentes da cooperativa confessaram fraude e o pagamento de propina

Divulgação/Alesp

Em delação, lobista já afirmou que dinheiro foi destinado para a campanha do tucano Fernando Capez

São Paulo – As últimas provas encontradas na CPI da merenda escolar envolvem o presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, Fernando Capez (PSDB). No entanto, ainda não há previsão de quando a comissão vai convocá-lo para depor.

Em denúncia publicada no jornal Folha de S.Paulo, um cheque apreendido pela Polícia Civil, a Operação Alba Branca, aponta que a Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf), suspeita de fraudar licitações da merenda escolar, pagou a ex-assessores do deputado Capez um cheque no valor de R$ 50 mil. A ordem de pagamento está no nome de José Merivaldo dos Santos, assessor do gabinete de Capez de 2010 a 2011, e da liderança do PSDB na Assembleia, de 2013 a 2015.

O nome de Capez apareceu nas investigações depois que ex-dirigentes da cooperativa confessaram fraude e o pagamento de propina. Em delação premiada, um lobista investigado disse que parte do dinheiro foi para o financiamento da campanha do tucano e que o dinheiro teria sido repassado por assessores.

A CPI da merenda foi criada no primeiro semestre, depois de muita insistência da oposição e de protestos de estudantes que chegaram a ocupar o plenário da Assembleia. A investigação é baseada na descoberta do Ministério Público sobre um esquema de pagamento de propina em troca de contratos superfaturados para o fornecimento de merenda escolar à Secretaria de Educação e prefeituras de 21 cidades paulistas.

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