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Estudantes da Universidade de Brasília protestam contra a intolerância

Manifestação contra a homofobia e o racismo reuniu cerca de 500 pessoas em repúdio ao grupo de alunos que, na semana passada, realizou um ato fascista

Mídia Ninja

Em nota oficial, a reitoria da UnB também criticou os atos da semana passada e participou da manifestação

São Paulo – Estudantes e professores protestaram contra a intolerância na Universidade de Brasília (UnB), em ato realizado ontem (20), organizado para dar uma resposta às manifestações homofóbicas, racistas e contra a política de cotas, realizada por um grupo de 15 pessoas de ultradireita, na última sexta-feira (17). Cerca de 500 pessoas participaram do ato.

“Esse discurso carrega um conteúdo profundamente violento. Ele é um meio entre a intenção e a ação. O discurso fascista dos deputados de extrema direita são os responsáveis por esse tipo de ação que estimulam a organização dessas pessoas pra dar vazão ao seus intentos nefastos”, afirma João Marcelo Marques, integrante do Conselho Universitário da UnB, em entrevista ao repórter Uélson Kalinovski, da TVT.

Em nota oficial,  a reitoria da UnB também criticou as manifestações de intolerância da semana passada. “A política de cotas nasceu na UnB, então a gente não pode ser exemplo de ações homofóbicas, de ações que privem a liberdade de pensar. A UnB repudia toda e qualquer ação de violência que impeça o livre manifestar”, disse Thérèse Hofmann, decana nos Assuntos Comunitários da universidade.

A estudante Maria Eduarda Pereira afirmou que os alunos não irão parar de se mobilizar contra os atos fascistas. “A universidade tem quer ser espaço para todas as populações que têm direito de estar aqui e são negligenciadas pela sociedade, até no atual governo, que não tem nenhuma mulher, nenhum negro, nem LGBT dentro da sua composição. Isso tem que ser denunciado.”

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