trabalho coletivo

Escola municipal da zona oeste de SP é referência de criatividade e inovação

Escola Amorim Lima tem na gestão democrática e integração entre professores, alunos, pais e funcionários a receita para o sucesso

reprodução/TVT

Na escola Amorim Lima, tarefas são realizadas em grupos de quatro alunos de séries diferentes

São Paulo – Com participação e trabalho coletivo, a escola municipal Amorim Lima, na zona oeste de São Paulo, foi reconhecida pelo Ministério da Educação como referência de criatividade e inovação. Além de os alunos terem atividades quase todo o tempo em grupo, também os pais participam ativamente do dia a dia da escola.

São 700 crianças, entre 6 e 14 anos, que são estimuladas a desenvolver autonomia e com grande quantidade de aulas ao ar livre. O projeto pedagógico diferenciado foi inspirado na experiência da Escola da Ponte, em Portugal, baseada no método de ensino conhecido como escola democrática.

O conteúdo do ano letivo é aprendido por meio de roteiros de pesquisa, que envolve várias áreas de conhecimento. Os roteiros são feitos individualmente, mas as pesquisas são feitas em grupos de quatro alunos de séries diferentes. “Acho, muito, muito melhor, extremamente bom para o conhecimento. Poder estar ali fazendo a lição, com um amigo do lado”, comenta o aluno Raoni Freitas, de 13 anos, em entrevista à reporter Michelle Gomes, para o Seu Jornal, da TVT.

Outro diferencial da Amorim Lima é que não existe prova para avaliar o aprendizado do aluno. “A avaliação é feita a partir dessas atividades. O professor observa o que o aluno vai desenvolvendo e aprendendo”, conta a professora Luciana Costa.

Reuniões semanais dos grupos de responsabilidade, formados por alunos, professores e funcionários, tratam de assuntos como limpeza, biblioteca, coleta seletiva. “A gente se junta, funcionários e alunos da escola, para resolver o que pode melhorar, o que a gente pode fazer, e assim a gente vai conversando”, explica a aluna Júlia Antunes, de 12 anos.

Chama a atenção a participação efetiva dos pais nas atividades da escola. Cristina Borba faz parte do grupo de mães que atuam na biblioteca: “A diferença é exatamente essa, a participação da comunidade dentro da escola. Se não existisse essa parceria, não existiria o Amorim do jeito que ele é hoje”.