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Secretário diz que todas as escolas de São Paulo terão grêmios estudantis

SME/PMSP Instituições que ainda não têm representantes serão estimuladas a criar suas próprias comissões São Paulo – Os grêmios estudantis estarão em todas as escolas do estado de São Paulo e […]

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Instituições que ainda não têm representantes serão estimuladas a criar suas próprias comissões

São Paulo – Os grêmios estudantis estarão em todas as escolas do estado de São Paulo e serão escolhidos por voto direto e secreto dos alunos das unidades, segundo anúncio feito ontem (15) pelo secretário estadual de Educação, José Renato Nalini, durante evento de volta às aulas em uma escola na Vila Mariana, na zona sul da capital paulista.

Atualmente, 3,5 mil escolas paulistas têm grêmios. As 1,5 mil instituições que ainda não têm representantes serão estimuladas a criar suas próprias comissões para ter voz ativa em decisões do ambiente escolar, inclusive com apresentação de pauta de reivindicações às diretorias.

“A figura do grêmio estudantil está em bom número da rede estadual. É um instrumento transformador nas unidades em que atua. Os próprios jovens, porém, apontam problemas no formato de eleição dos representantes das agremiações. Este apelo já é um dos frutos que colhemos das manifestações do ano passado. Ouvimos e estamos agindo”, disse Nalini.

Segundo a secretaria, um grêmio tem autonomia para elaborar propostas, organizar e sugerir atividades para a escola, tem direito de participar da organização do calendário escolar e deve articular e negociar os interesses junto à direção escolar.

Reorganização escolar

O anúncio do governo sobre a ampliação dos grêmios estudantis ocorre após a polêmica da proposta de reorganização escolar, que separaria os alunos em ciclos, de acordo com a idade, e previa o fechamento de 93 escolas em todo o estado, além do remanejamento de estudantes, afetando um total de 311 mil alunos.

Em protesto contra o projeto, estudantes passaram a ocupar as escolas no começo de novembro do ano passado.

No auge do movimento, cerca de 200 escolas foram ocupadas e os estudantes foram às ruas em protestos que terminaram algumas vezes com repressão violenta da Polícia Militar.

Diante da mobilização, no início de dezembro, o governador Geraldo Alckmin decidiu suspender a reorganização escolar. No mesmo mês, a Justiça paulista também se pronunciou sobre o caso, suspendendo o projeto para todo este ano.

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