ocupação

PM garante: alunos que ocupam escola não serão enquadrados por ato infracional

A corporação também assegurou que não entrará no prédio sem que haja um mandato judicial de reintegração de posse

facebook/jornalistas livres/reprodução

Pela manhã, uma estudante e um militante foram agredidos pela PM ao tentarem entrar no prédio

São Paulo – A Polícia Militar garantiu hoje (11), em entrevista coletiva, que os alunos que ocupam a escola Fernão Dias, em Pinheiros, na zona oeste da capital paulista, desde a noite de ontem (10), não serão enquadrados em ato infracional, bem como seus pais. A corporação também assegurou que não irá entrar no prédio sem que haja um mandato judicial de reintegração de posse. Eles protestam contra o projeto de reorganização do governador Geraldo Alckmin (PSDB), que visa ao fechamento de pelo menos 94 escolas.

Na tarde de hoje três adolescentes deixaram a ocupação, por vontade própria. Não há notícias de quantos jovens continuam dentro da escola.  Os que optaram por sair foram identificados pela polícia e pelo Conselho Tutelar, que acompanha ação. De acordo com a PM, trata-se de uma medida de segurança.

“Nós não sabemos o que acontece dentro da escola. Precisamos saber quem estava lá caso haja algum participante reclame de um problema posterior”, disse a capitão PM Cibele Marsolla, da assessoria de imprensa da corporação.

Pela manhã, uma estudante da escola e um militante da União Paulista dos Estudantes Secundaristas (Upes) foram agredidos pela PM com spray de pimenta ao tentarem entrar no prédio. À tarde, um professor foi agredido pela polícia e preso por um suposto desacato a autoridade. Ele foi encaminhado ao 104º DP. A Polícia Militar limitou-se a dizer que possíveis excessos serão apurados.

Na coletiva, a capitão Cibele disse desconhecer que haja ações pedindo a reintegração de posse do prédio. Ela assegurou que a PM não entrou com pedido e que não entrará no prédio sem mandato. “Nós fomos solicitados por meio do 190 na noite de ontem, notificados que havia problemas na escola. Estamos aqui para garantir a segurança dos alunos.”

Um efetivo de pelo menos 100 policiais montou desde esta manhã um cordão de isolamento e não permite que ninguém entre na escola. A entrega de alimentos é feita pela entrada lateral, após revista. Segundo a PM, nem água nem luz foram cortadas.

Leia também

Últimas notícias