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Pais, alunos e professores marcam novo ato contra ‘reorganização’ do ensino público em SP

No próximo dia 29, comunidade escolar deve ampliar protesto contra plano do governo Alckmin que ameaça resultar no fechamento de 163 unidades no estado

Apeoesp

Plano da secretária estadual de Educação deve resultar no fechamento de pelo menos 163 escolas

São Paulo – Na quinta-feira da semana que vem (29), pais, alunos e professores voltam a protestar contra a reestruturação da rede estadual de ensino planejada pelo governo de Geraldo Alckmin (PSDB) para 2016. A medida deve afetar cerca de 1 milhão de estudantes e deve levar ao fechamento de pelo menos 163 escolas, segundo levantamento da Apeoesp, o sindicato dos professores da rede pública.

Uma assembleia de professores está marcada para iniciar a manifestação para tentar barrar as mudanças pretendidas pela secretaria estadual da Educação, às 15h, no vão livre do Masp, na Avenida Paulista.

Ontem (20), protesto realizado na Praça da República, onde fica a sede da secretaria, reuniu em um primeiro ato unificado entidades estudantis, sindicais e movimentos autônomos contra a medida.

Também foi a primeira vez que a avó Maria Zilda Ramos foi às ruas para protestar. Ela está indignada com o possível fechamento da Escola Estadual Matias Aires, localizada na Freguesia do Ó, onde seu neto, de 6 anos, faria o primeiro ano do ensino fundamental. “Eu estudei lá, e como é perto de casa, o meu sonho é vê-lo estudar lá também. É uma escola muito boa, a melhor do bairro”, contou à repórter Camila Salmazio, da Rádio Brasil Atual.

Estudantes, pais e professores encontraram o prédio da secretaria da Educação cercado por grades e pela Tropa de Choque. “A manifestação é pacífica. Eles estão colocando como uma opção, mas não é opção. É o nosso direito de estudar, aonde a gente quiser, e por uma educação realmente com melhorias”, diz a estudante Kézia da Silva, que trabalha durante o dia e estuda no período noturno, que está ameaçado de fechamento, na escola Dib Audi, na zona sul de São Paulo.

Ouça reportagem da Rádio Brasil Atual: