DataSenado

Ciência sem Fronteiras é aprovado por 92% dos bolsistas

Apesar de dados positivos, senadores mostram receio em relação ao custo-benefício do programa

ebc/memória

A pesquisa deve ser utilizada como base de informações para elaboração de um relatório sobre o programa

São Paulo – De acordo com pesquisa realizada pelo DataSenado, 92% dos bolsistas que participam do Ciência Sem Fronteiras declaram estar satisfeitos ou muito satisfeitos. Os dados apresentados na terça-feira (20) na Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) ainda revelam que nenhum dos 14 mil estudantes entrevistados desaprova o programa do governo federal.

A pesquisa, solicitada pela CCT, deve ser utilizada como base de informações para o senador Omar Aziz (PSD-AM), encarregado de elaborar um relatório sobre o programa. Crítico em relação ao custo-benefício do projeto, o senador questiona se vale a pena para o país. “É um dos maiores programas educacionais que o Brasil já teve, mas é preciso verificar o retorno”, disse.

Para Aziz, a experiência pessoal oferecida pelo programa é indubitavelmente válida, porém, os alto custos aos cidadãos podem não estar representando o retorno esperado para a economia, apenas o enriquecimento individual do participante.

Reforçando a visão de Aziz, o presidente da sessão, senador Hélio José (PSD-DF), comentou que a sua filha está participando do programa apenas pelo enriquecimento pessoal e pela experiência no exterior. Já para Adi Balbinot, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), presente na apresentação, os resultados devem ser avaliados com cautela e podem representar ganhos reais.

De acordo com o gestor da Capes, a absorção dos egressos do programa pode ser aprimorada, porém, existem números positivos. O ingresso na pós-graduação dos participantes do programa é três vezes maior do que a média comum, conforme argumentação de Balbinot. “É necessário um tempo de amadurecimento desses dados e informações para tomar decisões de aprimoramento do programa”, disse.

Outro ponto polêmico entre os senadores foi o dado de que, segundo a pesquisa, 24% dos participantes pretendem seguir carreira no exterior. Balbinot afirmou, em contrapartida, que os bolsistas possuem a obrigação de permanecer no Brasil pelo mesmo tempo do curso que fez fora, caso contrário, ele deve reembolsar aos cofres públicos os valores das despesas.

Leia também

Últimas notícias