Ensino integral

‘Educação pública precisa acertar dívida histórica com a população’, diz pesquisador

1º Seminário de Educação Integral realizado em São Paulo discute até hoje perspectivas para o desenvolvimento e melhoria na qualidade do ensino

Cefet-MG/Creative Commons

“Maior tempo na escola não pode ser mais do mesmo, e sim a ampliação das dimensões formativas”, diz pesquisador

São Paulo – O pesquisador e professor do departamento de Ciências da Universidade São João Del Rei Levindo Diniz defendeu a educação integral de uma forma mais “sensível e focada na criança”, em entrevista para a Rádio Brasil Atual. Ele participa do 1º Seminário de Educação Integral, realizado entre ontem e hoje (23), em São Paulo.

“A educação integral pode ser entendida tanto como a ampliação do tempo na escola, como a ampliação das dimensões formativas. Não podemos pensar em mais do mesmo”, diz. Segundo ele, a maioria dos adultos não lembra da escola positivamente. “Temos experiências que vêm rompendo com a lógica hierarquizada e autoritária, para colocar a voz da criança no centro.”

Para o pesquisador é necessário que os governos arquem com a “dívida histórica com a população desfavorecida economicamente, que não pode ser excluída na oferta de educação de qualidade a todos”.

Já para o educador popular e diretor do Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento (CPCD) Tião Rocha, que também participa do seminário, a educação deve ser instrumento para incluir. “É preciso olhar para a capacidade de cada lugar. Gerar acolhimento, sem deixar ninguém de fora. Conviver com diferenças e criar oportunidades”, defende.

O evento segue até as 17h30 desta quinta-feira na avenida Paulista, 2.181, Bela Vista, São Paulo.

Ouça a reportagem da Rádio Brasil Atual